As imagens gravadas pelo circuito interno do Aeroporto de Roma mostram que Roberto Mantovani deu um tapa no filho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os relatos são de fontes da Polícia Federal a jornalistas da GloboNews, que assistiram ao vídeo.
O material recebeu autorização nesta quarta-feira, 19, para ser enviado para o Brasil. A PF instaurou inquérito para apurar acusações de agressão, ameaça, injúria e difamação contra o ministro.
As imagens devem ser enviadas na quinta-feira, 20, pela Interpol da Itália, primeiro para a Interpol do Brasil e, em seguida, para o delegado que cuida do inquérito em Brasília. Chegando, o material passará por perícia.
O advogado de defesa de Mantovani admitiu que ele "afastou com o braço" o filho de Alexandre de Moraes, alegando estar defendendo sua esposa, Andréia Munarão. A defesa afirma que ela estava sendo ofendida.
Em depoimento à PF, nesta terça-feira, 18, o casal negou ter agredido o filho do ministro do STF. A alegação é que eles teriam sido vítimas de ofensas por parte do filho de Moraes, segundo o advogado de defesa, Ralph Tórtima Stettinger.
Ainda na terça, a PF fez buscas na casa dos envolvidos em dois endereços da cidade de Santa Bárbara d'Oeste, interior paulista. As buscas foram autorizadas pela presidente do STF, Rosa Weber. Foram aprendidos dois celulares e três computadores.
Relembre o caso
No dia 14 de julho, Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma. Os envolvidos seriam o casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani e o genro Alex Zanatta, além do filho do casal, Giovani Mantovani, que teria tentado conter os outros três.
Na ocasião, a mulher teria se aproximado do ministro e o chamado de "bandido, comunista e comprado". Além dos xingamentos proferidos contra Moraes, o filho dele também teria sido agredido com um tapa por Roberto.
Após o episódio, os acusados embarcaram normalmente para o Brasil, mas, ao desembarcarem no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foram abordados pela PF.