Após anos nos bastidores, Michel Temer se torna nesta quarta-feira (31) o novo presidente do Brasil, após a petista Dilma Rousseff ser condenada em um processo de impeachment por violar leis fiscais.
Temer assume o poder de forma indireta e será o terceiro líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) a chegar à Presidência sem eleição nos últimos 30 anos, após José Sarney, em 1985, e Itamar Franco, em 1992.
Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu em 23 de setembro de 1940, em Tietê, no interior de São Paulo. Ele é o filho caçula dos imigrantes Miguel Elias Temer Lulia e March Barbar Lulia, que chegaram ao Brasil ainda na década de 1920, vindos do Líbano.
Temer é formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, instituição pela qual passaram 13 presidentes do País.
Após trabalhar na Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e na Secretaria de Segurança Pública (SSP), onde criou a primeira Delegacia da Mulher no Brasil, ele concorreu a deputado federal em 1986 pelo PMDB. Foi reeleito para o cargo diversas vezes e ocupou a Presidência da Casa em 1997, 1999 e 2009. Em 2001, foi escolhido para presidir o partido.
Pensando em ampliar a base aliada, Dilma Rousseff o convidou para concorrer em sua chapa presidencial como seu vice. A dupla venceu as eleições com 56% dos votos, contra o tucano José Serra, e tomou posse em 1 de janeiro de 2010, com Dilma carregando o título de primeira mulher a vestir a faixa presidencial do Brasil.
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Senadores celebram e tiram fotos com seus celulares do placar no momento em que a votação pela cassação de Dilma Rousseff teve resultado anunciad
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Placar do Senado Federal exibe como cada senador votou no processo de impeachment de Dilma Rousseff
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, anuncia o resultado da votação no Senado Federal a favor da cassação de Dilma Rousseff da Presidência da República
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Os juristas Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior, autores da peça de denúncia que motivou o processo de impeachment de Dilma Rousseff, observam a votação no Senado Federal
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Painel do Senado Federal exibe o texto do primeiro item da votação, relativo à aprovação ou não do afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) fez um discurso inflamado a favor do impeachment de Dilma Rousseff
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado Federal, discursa na sessão do processo de impeachment
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi ao plenário do Senado Federal discursar em defesa de Dilma Rousseff
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Por decisão do Senado Federal, Dilma Rousseff foi afastada definitivamente da Presidência da República na tarde desta quarta-feira (31) no último capítulo do julgamento de impeachment
Foto: Getty Images
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Bar na região da avenida Paulista
Foto: J. Duran Machfee
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Grupo comemora na avenida Paulista, em São Paulio, a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado Federal
Foto: EFE
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Grupo comemora na avenida Paulista, em São Paulio, a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado Federal
Foto: EFE
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Pedestre cruza a avenida Paulista, em São Paulo, com a bandeira do Brasil no momento em que o Senado Federal votava o impeachment de Dilma Rousseff
Foto: EFE
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Grupo comemora na avenida Paulista, em São Paulio, a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado Federal
Foto: J. Duran Machfee
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Senadores e convidados ouvem os questionamentos feitos à presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment no Senado Federal
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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A presidente afastada Dilma Rousseff ao lado de José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e seu advogado no processo de impeachment
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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A presidente afastada Dilma Rousseff responde, do plenário, aos questionamentos de senadores
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) faz uma pergunta à presidente afastada Dilma Rousseff
Foto: Pedro França/Agência Senado
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A presidente afastada Dilma Rousseff discursa no Senado Federal em sua defesa no processo de impeachment
Foto: EFE
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A presidente afastada Dilma Rousseff caminha para o plenário do Senado Federal para discursar em sua defesa no processo de impeachment
Foto: EFE
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que também preside o processo de impeachment no Senado Federal, recebe a presidente afastada Dilma Rousseff
Foto: EFE
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanha à sessão do Senado Federal de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment
Foto: EFE
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O cantor Chico Buarque, que vem demonstrando apoio à presidente afastada Dilma Rousseff, assiste à sessão do Senado Federal do processo de impeachment
Foto: Agência Senado
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Os senadores Eduardo Amorim (PSC-SE), Fernando Collor (PTC-AL) e Aécio Neves (PSDB-MG) conversam antes da sessão do Senado Federal do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff
Foto: Agência Senado
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A presidente afastada Dilma Rousseff caminha em direção ao Senado Federal para realizar sua defesa no processo de impeachment
Foto: Agência Senado
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Senado Federal fica lotado para acompanhar a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachmento
Foto: EFE
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Grupos anti-impeachment ocupam área na frente do Senado Federal
Foto: EFE
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Grupos anti-impeachment ocupam área na frente do Senado Federal
Foto: EFE
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O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi adversário de Dilma Rousseff na última eleição presidencial, dá entrevista antes da sessão do Senado Federal do processo de impeachment
Foto: Agência Senado
Reeleito junto a Dilma nas acirradas eleições de 2014, o distanciamento entre os dois (que já era evidente no primeiro mandato) acabou se ampliando quando Temer apoiou o peemedebista Eduardo Cunha à Presidência da Câmara -- os petistas batalharam por Arlindo Chinaglia.
Temer rompeu com a presidente no final de 2015, pouco após Cunha aceitar a tramitação de pedido de impeachment contra Dilma na Câmara, e enviou uma carta à petista falando que sempre se sentiu deixado de lado na tomada das decisões, como um "vice decorativo".
"Sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB hoje e não terá amanhã. Lamento. Mas esta é a minha convicção", escreveu. Em março de 2016, em meio ao processo de impeachment, o PMDB deixou a base governista e Dilma perdeu a maioria no Congresso.
De aliado, Temer virou inimigo declarado da presidente e inclusive já falava como se ocupasse a cadeira de Dilma. Com o afastamento de Dilma em maio, ele assumiu interinamente como chefe de Estado, mas com um gabinete polêmico pela baixa diversidade de representação.
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A partir de hoje, porém, Temer é o novo presidente do Brasil, graças à votação no Senado que, por 61 votos a favor, 20 contra e nenhuma abstenção, condenou Dilma pelas chamadas "pedaladas" nas contas públicas.
Temer, de 75 anos, é casado há mais de uma década com a também advogada Marcela Tedeschi Araújo, de 33 anos. Eles se conheceram quando ela tinha 19 anos e atuava como modelo. Ele tinha 62 anos na época. Marcela está grávida pela segunda vez. O casal já tem Michelzinho, de 8 anos.
Temer ainda tem outros quatro filhos, Maristela, 46 anos, Luciana, 43, e Clarissa, 41, além de Eduardo, de 14 anos.
(ANSA)
Veja momento em que Senado aprova o afastamento de Dilma