De Lula a FHC: Dez frases sobre Dilma

18 abr 2016 - 01h39
(atualizado às 08h42)

Controversa, a trajetória de Dilma Rousseff na Presidência da República tem sido marcada por opiniões diversas.

Montagem
Montagem
Foto: Agência Câmara

A BBC Brasil selecionou dez frases, incluindo uma dela própria, que ajudam a descrever a personalidade da presidente. Confira:

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"Eles imaginavam que eu não ia ter sucessor, imaginavam que o Serra seria o presidente em 2010, de repente nós apresentamos uma mulher, que não tinha experiência política, uma mulher de esquerda, que tinha ficado três anos e meio na cadeia, que tinha sido torturada, e que não tinha nenhuma experiência política."

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente e mentor de Dilma, em entrevista ao jornalista Glenn Greenwald, do siteThe Intercept , no último dia 8.

Lula
Foto: Montagem/BBC Brasil

“A presidente da República é uma mulher de bem, é proba, não há qualquer dúvida em relação ao seu caráter, não há nenhum questionamento em relação à sua correção pessoal.(...) Ela não estava preparada para assumir a responsabilidade de administrar um País da complexidade do Brasil."

Aécio Neves (PSDB-MG), senador, em abril de 2014, quando ainda era pré-candidato tucano à Presidência da República; meses mais tarde, ele perderia a eleição para a petista no segundo turno por uma diferença de menos de três pontos percentuais.

Aécio Neves
Foto: Agência Brasil

“Ela merece o Prêmio Nobel da Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito difícil de fazer em economia."

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente e líder tucano, em discurso proferido a empresários em Fortaleza (CE), em setembro de 2014.

Fernando Henrique Cardoso
Foto: Agência Brasil

“Sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo."

Michel Temer (PMDB), vice-presidente, na carta que enviou a Dilma em dezembro dizendo ser um "vice decorativo", após o pedido de impeachment começar a tramitar na Câmara.

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Michel Temer
Foto: Agência Câmara

“A presidente sempre foi a chefe da Casa Civil, a ministra da Justiça, da Fazenda, do Planejamento, dos Transportes, do Bem-estar Social. Para o governo Dilma funcionar, o dia teria que ter 240 horas."

Antonio Delfim Netto, economista que diz ter sido amigo da gestão Dilma até 2012, e ex-ministro dos governos militares, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo em março passado.

Delfim Netto
Foto: BBC Brasil

“Temos uma situação tão grave no nosso País e que vem sendo alertada por economistas, especialistas, trabalhadores, empresários, cidadãos e por toda a imprensa há muito tempo. A única pessoa que foi surpreendida pela crise e sua gravidade, com certeza, foi a presidente da República."

Marina Silva (Rede), ex-senadora e terceira colocada nas eleições presidenciais de 2010 e 2014, após evento em Brasília, em agosto de 2015.

“O discurso dela é: 'Porque o Lula fez, o Lula fez'. Pergunte o que ela fez? Ela não fez coisa nenhuma. Para os trabalhadores, não."

Paulinho da Força (SD-SP), deputado federal, em setembro de 2013, durante entrevista àFolha de S.Paulo e ao portal UOL, ao dizer que a presidente tinha se tornado sua “inimiga”; sindicalista se tornou um dos principais defensores do impeachment.

Paulinho da Força
Foto: Agência Senado

"Tenho muito respeito pela pessoa física da presidenta Dilma. Por todas as informações que tenho, e tenho informações na área econômica e política, ela é uma mulher correta e honesta."

Paulo Maluf (PP-SP), deputado federal, em entrevista à BBC Brasil publicada no último dia 8; mesmo assim, ele disse que votaria pelo impeachment para não compactuar com “negociata” entre seu partido e o governo.

"A maior surpresa que tive foi com o nível intelectual dela, porque ela não aparenta, ela não exibe isso. Brinquei com ela que estava começando a achar muito chique ser intelectual e pedi indicações de livros."

Kátia Abreu (PMDB-TO), ministra da Agricultura e amiga de Dilma, em entrevista ao jornalFolha de S. Paulo em setembro.

"Condenar alguém por um crime que não praticou é a maior violência que se pode cometer contra qualquer pessoa. É uma injustiça brutal. É uma ilegalidade. Já fui vítima desta injustiça uma vez, durante a ditadura, e lutarei para não ser vítima de novo, em plena democracia."

Dilma Rousseff, presidente, em discurso no último dia 22 de março, durante evento no qual recebeu apoio de juristas contrários ao impeachment.

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Dilma Rousseff
Foto: Agência Brasil
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