Dilma se reúne com juristas contrários ao impeachment

7 dez 2015 - 14h09
(atualizado às 14h10)
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu hoje com mais de 30 juristas para tratar do pedido de abertura do processo de impeachment, aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na semana passada. O grupo de juristas é contrário ao processo.

O encontro ocorreu no Palácio do Planalto. Segundo nota divulgada pelo grupo de juristas, participaram do encontro estudiosos da Constituição brasileira, professores universitários, acadêmicos, advogados e pensadores do Direito no país.

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"Parte desses juristas já emitiu pareceres sobre o assunto, alguns após consulta realizada por Flávio Caetano (que foi coordenador jurídico da campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff), que compõe o grupo de advogados da presidenta Dilma no impeachment", informou o comunicado.

Os demais juristas que emitiram pareceres, conforme a nota, elaboraram suas peças jurídicas por livre iniciativa, "ante a gravidade da situação política nacional, que acendeu o alerta de sérios riscos ao Estado Democrático de Direito com a abertura do processo sem base legal".

O grupo informou ainda que nenhum parecer foi contratado. "Todos são gratuitos e surgem da preocupação com os rumos do país. Todos opinam contrariamente à abertura do processo, por não estarem presentes, no pedido recebido pelo deputado Eduardo Cunha, os requisitos constitucionais e legais necessários para configurar um eventual crime de responsabilidade cometido por Dilma", concluiu o comunicado.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Comissão especial

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Os partidos políticos têm até hoje para indicar os representantes da Comissão Especial, que irá analisar o pedido de impeachment.  A comissão será composta de 65 deputados titulares e igual número de suplentes.

A comissão será eleita ou referendada pelo plenário da Câmara, em reunião marcada para começar às 18h. Antes da homologação da comissão, o presidente da Câmara vai se reunir com os líderes partidários para tratar do funcionamento do colegiado. Embora os partidos tenham começado a discutir na semana passada a indicação dos parlamentares para a comissão, muitos ainda não fecharam todos os nomes.

Agência Brasil
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