Ex-marido de Dilma: se Lula morresse, não teria impeachment

4 mai 2016 - 17h29
(atualizado às 17h29)
Carlos Araújo, advogado trabalhista e ex-marido de Dilma Rousseff, concede entrevista ao Programa Espaço Público, da TV Brasil
Carlos Araújo, advogado trabalhista e ex-marido de Dilma Rousseff, concede entrevista ao Programa Espaço Público, da TV Brasil
Foto: Agência Brasil

O advogado gaúcho Carlos Araújo disse que a presidente Dilma Rousseff – com quem teve um relacionamento de 25 anos e uma filha – vai usar todos os recursos possíveis para se opor ao processo de impeachment, que chamou de "golpe". Para Araújo, a reação popular irá crescer se o vice-presidente Michel Temer assumir o governo, caso o Senado aceite o processo e Dilma seja afastada do cargo. O advogado e ex-preso político deu as declarações ontem (3) ao participar do programa Espaço Público, da TV Brasil.  

“No governo Lula e no primeiro governo Dilma, as elites brasileiras, de modo geral, foram muito beneficiadas, ganharam muito dinheiro. Mas os trabalhadores também. O povo também. A classe média alta ficou de fora – não foi beneficiada nem prejudicada. Mas se sentiu prejudicada ideologicamente, por vários fatores”, disse, em entrevista ao programa.

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Carlos Franklin Paixão de Araújo é advogado trabalhista e foi três vezes deputado estadual pelo PDT do Rio Grande do Sul. Ao lado de Dilma, militou contra ditadura militar de 1964. Ele e Dilma são pais da procuradora do Trabalho Paula Rousseff Araújo e avós de Gabriel, 5 anos, e Guilherme, nascido no começo deste ano. Dilma e Araújo mantêm o companheirismo.

Na avaliação de Araújo, o “conformismo” em relação à saída de Dilma tende a desaparecer ao longo das próximas semanas. Para ele, a questão por trás do atual cenário político brasileiro é uma tentativa de impedir uma nova eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. “Se não fosse 2018, não tinha impeachment, não tinha nada”, disse. “Se Lula morresse hoje, se houvesse essa desgraça, não haveria impeachment”.

Agência Brasil
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