A poucos dias votação da admissão do pedido de impeachment pelo Senado, o governo da presidente Dilma Rousseff é aprovado por 18,2%, segundo pesquisa da Paraná Pesquisas feita com exclusividade para O Financista. A enquete foi realizada entre 30 de abril e 04 de maio, com 1.204 eleitores com 16 anos ou mais na cidade de São Paulo. O trabalho mostra, ainda que a desaprovação ao governo Dilma é de 77,6%. Outros 4,2% não souberam ou não opinaram.
O que chama a atenção é que a aprovação de Dilma é maior que a das duas pesquisas anteriores. Em junho de 2015, 10,4% dos participantes aprovavam a gestão petista; em agosto de 2015, a taxa havia caído para 8,3%. Já desaprovavam a presidente 87,6% em junho e 89,1% em agosto.
Quando se considera o gênero, as mulheres são as que mais aprovam Dilma, com 19%, ante os 17,3% de homens. Já 75,8% das mulheres e 79,6% dos homens reprovam o governo. Por idade, os entrevistados com 60 anos ou mais são os maiores apoiadores da presidente, com 21,8% de aprovação e 73,9% de desaprovação. Os mais jovens, com idade entre 16 e 24 anos, são os que mais a reprovam: 80,1%.
Ainda segundo a Paraná Pesquisas, em relação ao grau de instrução, as pessoas com ensino fundamental são as que mais aprovam Dilma, com 21,9%. Já o grupo com maior reprovação é o que cursou ensino superior: 81,7%.
Com renda ou sem renda?
Um dado interessante é a divisão entre quem está ou não no mercado de trabalho. Entre os que integram a População Economicamente Ativa (PEA), 17% aprovam e 79% desaprovam o governo Dilma. A PEA é definida pelo IBGE como a população que está ocupada (empregados com carteira assinada ou não; autônomos e empresários), ou que está ativamente engajada em encontrar uma fonte de renda (desempregados em busca de recolocação e jovens procurando seu primeiro emprego). Em agosto do ano passado, por exemplo, a PEA do Brasil somava mais de 24 milhões de pessoas.
Já entre quem integra a População Não Economicamente Ativa (PNEA), 20,6% aprovam Dilma e 74,6% reprovam. A PNEA é composta por aqueles que não possuem fonte própria de renda, nem estão engajados em encontrá-la, como estudantes, donas e donos de casa. Em agosto de 2015, a PNEA era estimada pelo IBGE em pouco mais de 19 milhões de pessoas (aquelas com 15 ou mais anos, segundo a PNAD).