O governo do Uruguai expressou nesta sexta-feira, por meio de um comunicado, "seu total respaldo à presidente Dilma Rousseff" em meio à crise política que abala seu segundo mandato.
"Fiel defensor do princípio de não-intervenção nos assuntos internos de outros Estados, mas ao mesmo tempo respeitoso do Estado de Direito e dos valores democráticos, o Uruguai confia que as diferenças internas existentes no Brasil serão resolvidas no marco do regime democrático", afirma o comunicado.
A chancelaria uruguaia foi a responsável por divulgar a nota, na qual indica que o governo "segue com atenção e preocupação os fatos que vêm ocorrendo no Brasil, que afetam a estabilidade política" desse país "irmão".
O comunicado "encoraja os diferentes atores envolvidos a atuar responsavelmente e com lealdade institucional" para que o Brasil supere em breve a situação que vive.
O documento também informa que o Uruguai, em sua qualidade de presidente temporário da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercosul, se encontra coordenando com os demais Estados-membros uma expressão regional de respaldo à presidente brasileira e a suas instituições.
O chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, qualificou ontem a situação no Brasil como "complexa e grave" e mencionou que há "motim de tropas", em alusão a um hipotético risco de golpe de Estado.
Por sua parte, a coalizão política governante Frente Ampla (FA) também emitiu uma nota na qual manifesta sua "rejeição às tentativas de desestabilização institucional no Brasil, favorecidas e levadas adiante por parte do Poder Judiciário, setores políticos e responsáveis de veículos de comunicação".
Da mesma maneira, a FA expressa sua "solidariedade" para Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.