Ato contra "sujeira" de impeachment rasga Constituição no DF

25 ago 2016 - 19h55
(atualizado às 20h12)
Foto: EFE

Cerca de 20 atores cobertos com barro da cabeça aos pés denunciaram a "sujeira" e a "cegueira" que, segundo eles, envolvem o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que começou sua fase final nesta quinta-feira.

Vestidos rigorosamente, levando malas, bolsas, telefones celulares e documentos, os homens e mulheres caminharam lentamente com os olhos vendados pelos arredores da Esplanada dos Ministérios.

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A primeira parte da performance urbana, totalmente silenciosa, foi realizada em frente ao Palácio do Planalto, onde o presidente interino, Michel Temer, recebeu hoje a tocha dos Jogos Paralímpicos.

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Os atores, completamente lambuzados de lama, se misturaram entre os pedestres de Brasília e passearam no entorno do Congresso Nacional, onde os senadores começaram hoje o capítulo final do processo de impeachment contra Dilma, afastada do cargo em maio.

"A peça faz alusão aos políticos que estão imersos na sujeira, que vivem cegos, legitimando um processo que é um golpe", disse Priscila Toscano, diretora da companhia Desvio Coletivo, responsável pela obra "Cegos".

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Os "executivos" rasgaram a Constituição do país em frente ao Senado, em uma clara alusão ao impeachment, que consideram ilegal. Dilma pode ser afastada do cargo na próxima semana se dois terços dos senadores - 54 de 81 - votarem a favor da saída da presidente.

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"Nossa democracia está sofrendo. As imagens mostram muito mais que as palavras. Representa esse sistema que envolve ao Legislativo, Executivo e aos grandes veículos de imprensa, setores que são pessoas sujas", acrescentou Toscano.

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