Manifestantes pró-impeachment concentram-se na Av. Paulista

13 dez 2015 - 15h01
Protesto pede o impeachment da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, na Avenida Paulista em São Paulo, SP, neste domingo (13).
Protesto pede o impeachment da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, na Avenida Paulista em São Paulo, SP, neste domingo (13).
Foto: Newton Menezes / Futura Press

Desde o final da manhã de hoje (13), manifestantes favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff concentram-se na Avenida Paulista, região central da capital. Vários carros de som estão estacionados ao longo da via, que, aos domingos, tem o tráfego de veículos interrompido. Os participantes do ato vestem camisas amarelas ou trazem adereços, como lenços faixas e pintura de rosto com as cores da bandeira nacional.

Para o líder do Movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores do protesto, Rogério Chequer, os atos de hoje, que ocorrem em diversas cidades, são “o primeiro passo dessa nova fase da mobilização do povo”. As manifestações deste domingo são as primeiras que pedem a destituição de Dilma desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatou o pedido de impeachment apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. “É uma fase importante, porque já tem uma busca concreta por mudança, e estamos apenas começando”, disse Chequer.

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Ele admitiu que a manifestação de hoje deve ser menor do que outras ocorridas ao longo deste ano. “Houve muito pouco tempo de divulgação. É normal que um movimento com menos tempo de divulgação tenha menos gente. Não nos surpreende”, ressaltou. Segundo o líder do Vem Pra Rua, a mobilização é importante para pressionar os parlamentares.

“É preciso que esses deputados, já a partir de agora, se posicionem e mostrem a sua posição com relação ao impeachment.” Acompanhado da esposa e das duas filhas, de 7 e 5 anos, o administrador Eduardo Longo disse acreditar que o protesto é parte de um momento histórico. “A gente não aguenta mais este governo. Primeiro, a corrupção está enorme. Depois, as medidas econômicas, as pedaladas fiscais e uma série de subsídios para setores escolhidos. Coisas que não incentivam uma economia livre”, reclamou.

Longo ressaltou que não é entusiasta de um possível governo Michel Temer, mas considera a possibilidade de o vice-presidente assumir o cargo, caso ocorra o impeachment, como um passo necessário para mudança de rumos no país. “Como foi com o [ex-presidente e atual senador] Fernando Collor, lá atrás, o Itamar Franco foi um governo de transição. Ou seja, você saiu de um polo e foi para o outro.”

Além dos grupos que pedem a destituição de Dilma, aproveitam a mobilização militantes da campanha pela redução de impostos promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e partidários da volta do regime militar.

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De acordo com a Polícia Militar, até as 13h, a manifestação seguia pacífica, sem registro de incidentes.

Agência Brasil
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