A mídia internacional repercutiu imediatamente a decisão do deputado Waldir Maranhão que anulou as sessões parlamentares que culminaram na aprovação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. A medida foi chamada de "surpreendente" e que leva o Brasil ao "caos".
"O novo presidente da Câmara dos Deputados anulou a votação do mês passado contra Dilma Rousseff em uma reviravolta que abalaria a credibilidade até de um episódio de 'House of Cards'", inicia a matéria do tradicional jornal The Guardian, que chama o ato de um "movimento surpresa" e que leva a "legislatura para o caos".
O Corriere della Sera chamou a situação de "jogo de cena", mas que "existem dúvidas sobre se essa decisão pode ser tomada de maneira retroativa". "Segundo grande parte dos analistas, o jogo de cena pode atrasar o acontecimento, mas dificilmente salvará o posto de Dilma Rousseff", escreveram os italianos.
Já o francês Le Monde tentou explicar a situação e disse que a situação do processo de impeachment "tomou um rumo inesperado".
"Para surpresa geral, Waldir Maranhão, o presidente interino da Câmara dos Deputados brasileiros, anulou a sessão que aprovou o processo de impeachment", continua.
O argentino La Nación também chamou a situação de "nova e surpreendente reviravolta na crise política brasileira". "A notícia tomou Brasília com a mais absoluta surpresa e gerou a maior confusão sobre o futuro de Rousseff", escreveu a publicação.
O The New York Times informou aos seus leitores que a decisão de Maranhão "criou o maior tumulto da história no meio da luta pelo poder no maior país da América Latina".