Citado como exemplo pela mulher em votação, prefeito é preso

18 abr 2016 - 13h25
(atualizado às 15h53)

O prefeito da cidade mineira de Montes Claros, Ruy Muniz, foi preso na manhã de hoje (18), em Brasília, na Operação Máscara da Sanidade II, que investiga crimes de falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação pública, estelionato majorado, prevaricação e peculato.

Prefeito Ruy Muniz, de Montes Claros (MG), durante campanha eleitoral em setembro de 2012
Prefeito Ruy Muniz, de Montes Claros (MG), durante campanha eleitoral em setembro de 2012
Foto: Divulgação

Ruy Muniz é casado com a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) que ontem, durante a votação de admissibilidade do impeachment, citou o marido como exemplo de gestor: "O meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com a sua gestão".

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Deputada Raquel Muniz (PSD-MG), mencionou o marido Ruy Muniz, prefeito de Montes Claros, é exemplo de honestidade e em seguida disse "sim" à aprovação de pedido de impeachment da presidente Dilma
Foto: Agência Brasil

Além do prefeito, também estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva contra a secretária de saúde do município, Ana Paula Nascimento, e mais quatro mandados de busca e apreensão e dois de busca pessoal. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.

As investigações mostram que os acusados, direta e indiretamente, pretendiam inviabilizar a existência e o funcionamento dos hospitais públicos e filantrópicos de Montes Claros que atendem pelo Sistema Único de Saúde para favorecer hospital particular pertencente e gerido pelo prefeito e seus familiares.

Prefeito citado como exemplo em votação do impeachment é preso em Brasília
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Procurada, a Prefeitura de Montes Claros informou que Ruy Muniz segue no pleno exercício do cargo e que todos os órgãos da Administração continuam funcionando normalmente.

“Ao cobrar profundas mudanças no sistema de saúde de Montes Claros, em defesa da população, o prefeito contrariou interesses e provocou forte perseguição política. A Prefeitura tem plena convicção de que a decisão, absurda, será revertida e a Justiça prevalecerá”, diz nota da prefeitura.

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Procurada pela Agência Brasil a deputada Raquel Muniz não se manifestou sobre o assunto.

Agência Brasil
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