Impeachment não passa de "sórdida vingança", diz PT

4 dez 2015 - 20h06
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A Comissão Executiva Nacional do PT disse, em nota divulgada hoje, que o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados na quarta-feira, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não passa de “sórdida vingança”. A comissão se reuniu na sede do PT, na capital paulista, durante a tarde.

"O pedido de impeachment, cujos autores se comprazem com o oportunismo do presidente da Câmara, não passa de sórdida vingança. Como se sabe, o indigitado mandatário, acuado por denúncias de corrupção e às voltas com dois processos à espera de manifestação do STF, respondeu com truculência e ilegalidade à rejeição de manobras espúrias para proteger o cargo e o mandato”, diz a nota distribuída à imprensa.

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De acordo com o PT, Eduardo Cunha tentou trancar o processo contra ele no Conselho de Ética por meio de “barganha espúria”, proposta “prontamente repelida pelo partido”. “A presidenta Dilma e o PT honraram compromissos históricos e rechaçaram o método da chantagem, reafirmando a disposição de defender, a qualquer custo, os valores éticos que sempre pautaram nossa conduta”.

Segundo o PT, o presidente da Câmara, então, reagiu com a abertura do processo de impeachment, “sem qualquer embasamento na legislação vigente. Não há qualquer fato ou decisão, sob alçada da presidenta do país, que possa ser considerado crime de responsabilidade”.

A nota critica os grupos e partidos que defendem o impeachment, e afirma que eles desejam atropelar o resultado das eleições e destruir conquistas fundamentais do país. “Não passa de uma ameaça golpista, um verdadeiro tapetão, que deve ser contestado nas ruas e nas instituições nacionais”.

O partido ainda pede que sua militância a inicie mobilização contra o impeachment: “O Partido dos Trabalhadores se coloca em estado permanente de mobilização e convoca sua aguerrida militância a ocupar o lugar que lhe cabe, com firmeza e generosidade, nas trincheiras da democracia”.

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Agência Brasil
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