PT freta jato particular para Dilma ir a ato em Campinas

8 jun 2016 - 18h15
(atualizado às 18h32)
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra

O PT fretou um avião particular para transportar nesta quinta-feira (9) a Campinas, em São Paulo, a presidente afastada, Dilma Rousseff, que participa de encontro com cientistas. Por volta das 10h, Dilma e oito membros de sua equipe vão embarcar em Brasília na viagem, a primeira desde que o Planalto restringiu o uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para seus deslocamentos.

Para garantir a segurança da presidente afastada, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência informou que, como de praxe, agentes vão acompanhar o voo e garantir toda a segurança da equipe durante o transporte e a participação no evento.

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De acordo com a assessoria de imprensa de Dilma, a utilização do voo fretado ocorrerá porque não foi possível comprar passagem em um avião comercial a tempo. Ontem (7), após o GSI negar, pela primeira vez, o pedido de transporte em vôo da FAB para a presidente, a defesa de Dilma protocolou na Presidência da República um documento direcionado ao presidente interino Michel Temer, em que responsabiliza o Palácio do Planalto por "quaisquer situações que violem" sua segurança pessoal.

Segundo o GSI, todos os protocolos de segurança continuarão sendo seguidos nos deslocamentos da presidente. Primeiro, é necessário que a equipe de Dilma informe o órgão sobre os dados da viagem. Depois, os procedimentos são planejados, conforme o trajeto. No transporte terrestre, do Palácio da Alvorada ao aeroporto, por exemplo, deve haver um comboio com cinco carros e uma ambulância, seguindo orientação da Casa Civil.

Os custos com a segurança são pagos com dinheiro público, já que se trata de uma previsão legal a proteção do presidente da República e do vice por parte do GSI. Já os gastos com a viagem serão bancados pelo PT. De acordo com o partido, as despesas de futuras viagens "ainda serão avaliadas" pela direção nacional do partido.

As recomendações sobre o assunto foram elaboradas pela Casa Civil, após consulta do próprio GSI. De acordo com o documento, a decisão foi tomada porque Dilma está afastada das funções presidenciais e não tem agenda oficial como chefe de Governo, nem como chefe de Estado. Além de impedir que os aviões da FAB sejam utilizados para que a presidente afastada participe de atos políticos, a intenção das restrições foi limitar os deslocamentos que não estejam sendo feitos "a trabalho".

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De acordo com um assessor do Palácio do Planalto, está previsto que haja uma restrição ainda maior aos deslocamentos de Dilma, mas o assunto ainda está sendo avaliado. Atualmente, Dilma pode utilizar os aviões oficiais somente no trajeto entre Brasília e Porto Alegre.

Agência Brasil
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