Uruguai considera impeachment de Dilma "profunda injustiça"

1 set 2016 - 14h42
(atualizado às 14h56)

O governo do Uruguai considera uma "profunda injustiça" o impeachment da presidente brasileira Dilma Rousseff por parte do Senado desse País, que a afastou de seu cargo após considerá-la culpada por diversas irregularidades fiscais, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.

Dilma Rousseff durante encontro com o Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, em Brasília, no ano passado
Dilma Rousseff durante encontro com o Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, em Brasília, no ano passado
Foto: Roberto Stuckert Filho/Fotos Públicas

"Além da legalidade invocada, o governo uruguaio considera uma profunda injustiça dito impeachment", diz um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.

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No escrito, o governo manifesta que "seguiu com atenção" os processos políticos e jurisdicionais na República Federativa do Brasil, que terminaram no dia de ontem com a decisão do Senado de destituir a "presidente eleita legitimamente pelo povo".

Além disso, destaca o papel de Dilma em "fortalecer a histórica relação bilateral", que permitiu alcançar uma "aliança estratégica" em benefício de ambos povos.

"O Uruguai aspira que no marco da institucionalidade democrática, o povo brasileiro alcance seus objetivos de estabilidade e desenvolvimento", continua o comunicado.

O Senado brasileiro decidiu a favor do impeachment de Dilma por 61 votos a favor e 20 contra, em uma decisão que também confirma como presidente do Brasil Michel Temer, que seguirá no poder até 1º de janeiro de 2019.

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