Chefe interina da Procuradoria-Geral da República (PGR), a procuradora Elizeta Ramos, optou por reavaliar sua decisão de manter na função os atuais procuradores-chefes do Ministério Público Federal (MPF) nos estados. As informações são do jornal O Globo.
A procuradora assumiu o cargo de chefe interina da PGR há pouco mais de 1 mês, após o término do segundo mandato de Augusto Aras. Ela deve permanecer no cargo até que um sucessor seja nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, ainda não há uma data definida para essa nomeação.
Até então, Elizeta Ramos havia afirmado que não realizaria mudanças na estrutura do MPF e que deixaria as nomeações para seu sucessor. Entretanto, devido à demora na escolha do novo PGR, ela revisou sua posição.
Nos últimos dias, Elizeta enviou mensagens aos atuais chefes das unidades do MPF nos estados e no Distrito Federal, informando que dará sequência ao processo de sucessão. Ela menciona que a "interinidade" tem se estendido e que diversas procuradorias estaduais estão solicitando alterações. Além disso, Elizeta reforçou que o próximo titular da PGR poderá efetuar novas mudanças, caso deseje.
A decisão do atual chefe da PGR desencadeia uma disputa de poder no Ministério Público. De um lado, estão os procuradores que se alinham com a antiga Lava Jato e o ex-procurador-geral Rodrigo Janot. Do outro, encontram-se procuradores que foram críticos da operação e que têm afinidade com o ex-PGR Augusto Aras.