Rosana Martinelli (PL-MT), ex-prefeita de Sinop, no Mato Grosso, tomou posse como senadora nesta quarta-feira, 12, substituindo o também senador Wellington Fagundes (PL-MT), que se licenciou por 120 dias para tratamento de saúde. Martinelli, suplente de Fagundes, está sendo investigada por suspeita de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. Em seu discurso de posse na tribuna do Senado, a parlamentar defendeu a anistia aos presos que invadiram os prédios dos Três Poderes.
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"Me solidarizo com todos aqueles que tiveram seus direitos violados e espero que essa Casa possa ajudar todos os patriotas que querem e lutaram pela liberdade", afirmou.
Em outro momento do discurso, Martinelli mencionou que teve suas contas bloqueadas e está com o passaporte retido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Moraes é relator no inquérito que investiga os envolvidos nos atos golpistas.
A parlamentar recebeu apoio de parlamentares de diferentes espectros políticos, incluindo membros da oposição e de governistas. O presidente do PL, partido de Martinelli, Valdemar Costa Neto, esteve presente na cerimônia de posse.
Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), destacou que a senadora assumiu o mandato no momento em que o parlamento debate a possibilidade de "anistia" para os investigados pelos eventos de 8 de janeiro. Um projeto de lei nesse sentido, proposto por Hamilton Mourão (Republicanos-RS), está em tramitação no Senado.
Por outro lado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que se opõe à anistia, já declarou que os eventos de 8 de janeiro "nunca devem ser esquecidos" e defende a punição dos responsáveis pelos atos de vandalismo.