O empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior admitiu nesta terça-feira que está colaborando com as investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso. Ele é investigado pela Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2013, para apurar crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.
Em nota divulgada por seus advogados, Gércio Júnior diz que pelo acordo está impedido de fornecer qualquer outro detalhe sobre a Operação Ararath. A manifestação de Júnior reforça as notícias de que uma ação deflagrada pela PF nesta manhã em Cuiabá é a quinta fase da Operação Ararath. A PF e a MPF não confirmaram essa informação.
Em novembro de 2013 foi concluída a primeira etapa da operação. A PF informou que desde o começo de 2011 estava investigando empresas de factoring (fomento mercantil) e de outros segmentos, como uma rede de postos de combustíveis de Cuiabá.
Por meio de operações de empréstimo fraudulentas, as empresas lavavam dinheiro e fraudavam o sistema financeiro, movimentando mais de R$ 500 milhões de reais em seis anos. A base do esquema era uma empresa de Várzea Grande (MT) que, oficialmente, encerrou suas atividades em 2012.
Nesta terça-feira, a Agência Brasil confirmou com a assessoria do governo estadual que policiais apreenderam documentos na residência do governador Silval Barbosa (PMDB). A assessoria do deputado estadual José Riva (PSD-MT) confirmou que ele é um dos detidos na operação.
Também foi confirmado o cumprimento de mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa, na prefeitura de Cuiabá e no gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo Almeida.