"Jamais poderia imaginar", diz Torres sobre ataques do 8/1

Em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, ex-secretário de Segurança do DF disse que viajou "extremamente tranquilo" para os EUA

8 ago 2023 - 14h20
(atualizado às 14h28)

Durante seu depoimento à CPMI do Atos Golpistas nesta terça-feira, 8, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres declarou que o planejamento de segurança para os atos do dia 8 de janeiro não apontava para a possibilidade de qualquer ruptura ou episódios de terrorismo, semelhantes aos ocorridos naquele domingo.

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De acordo com Torres, levando em consideração os planos de vigilância para aquele protesto, "só se caísse uma bomba" os atos teriam chegado àquele nível de destruição.

Na ocasião, ele ocupava o cargo de Secretário de Segurança Pública do governo do Distrito Federal. Na sexta-feira, 6, 2 dias antes dos atos que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes, Torres deixou o País em viagem para os Estados Unidos.

"Naquele dia, naquela sexta-feira, os acampamentos estavam praticamente desmontados, ele [General Dutra] precisava da secretária de desenvolvimento social para tirar os vulneráveis, os moradores de rua, antes de fazer o desmonte final do acampamento. Essa foi a imagem que eu viajei com ela na cabeça, de pouquíssimas pessoas naquela sexta-feira, dia 6, nos acampamentos, eu jamais ia imaginar que aquilo ia acontecer, que aquilo ia virar de novo e se tornar o 8 de janeiro. Quando eu viajei não havia informação de inteligência”, afirmou Torres.

Anderson Torres presta depoimento na CPMI
Anderson Torres presta depoimento na CPMI
Foto: Reprodução/Instagram

O ex-ministro também acrescentou que durante sua viagem os Estados Unidos, deixou um Plano de Ações Integradas assinado, enfatizando que se a Praça dos Três Poderes tivesse sido devidamente isolada, os atos do dia 8 de janeiro não teriam ocorrido.

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"Se a Praça dos Três Poderes estivesse realmente isolada, não teria acontecido isso, senadora. Eu fui secretário de Segurança aqui durante dois anos e três meses, e eu digo à senhora com experiência que não teria acontecido", respondeu.

Torres disse ainda que viajou "extremamente tranquilo" devido ao plano que havia assinado e às condições vigentes no acampamento naquela ocasião.

"Eu viajei extremamente tranquilo por esses dois fatores. Primeiro, as imagens do acampamento daquele dia e, segundo, o PAI [Plano de Ações Integradas] que ficou assinado com as determinações para as instituições e órgãos e agências trabalharem no dia do 8 de janeiro", completou.

Fonte: Redação Terra
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