Janaína diz que vê risco de Bolsonaro não terminar mandato

Para deputada estadual, presidente deve tomar cuidado com filho e com quem o aconselha

5 nov 2019 - 00h25
(atualizado às 10h58)

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou nesta segunda-feira que existe o risco de o presidente Jair Bolsonaro não concluir seu mandato por conta de maus aconselhamentos e de erros da sua família. Para Janaína, "ou ele (Bolsonaro) melhora" ou será necessário "construir uma alternativa".

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Janaína disse que não vê nenhuma acusação que atinja Bolsonaro ou algum de seus filhos, mas que erros políticos podem enfraquecê-lo a ponto de ele não conseguir manter sua sustentação no cargo até 2022.

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"Acho que há [risco]. Não pela prática de crimes, mas ele se circulou de pessoas que não o aconselham bem" disse Janaína e emendou "tem situações em que ele cria conflitos onde flagrantemente não precisa. E não é só ele, é a família".

Janaína Paschoal participou nesta-segunda-feira, 4, do programa Roda Viva
Janaína Paschoal participou nesta-segunda-feira, 4, do programa Roda Viva
Foto: Reprodução TV Cultura / Estadão Conteúdo

A deputada não explicou qual seria a alternativa caso Bolsonaro perdesse o cargo. Segundo ela, a retórica contra a democracia e pró-ditadura usada em determinados momentos pelo vereador Carlos Bolsonaro e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro é digna de críticas, mas não é surpresa.

"Eles acreditam nisso mesmo. Eles nunca mentiram, durante a campanha ou quaisquer entrevistas. Mas o país tem instituições fortes o suficientes para que fique claro que não existe espaço para isso. Eles pensam muito com esse saudosismo de 1964" disse a deputada.

Segundo Janaína, não há risco de crescimento de autoritarismo no governo pela falta de apoio do presidente pelos "formadores de opinião".

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Ao longo do programa, a deputada também defendeu a atuação do ministro da Justiça Sérgio Moro. "Não sinto nele um desejo de intervenção para melhorar a situação para o presidente. Não vejo o ministro Moro como um advogado do presidente como no passado recente."

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