Janja Lula da Silva usou as redes sociais para defender as declarações de Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas à atuação de Israel na Faixa de Gaza. "Desde o início tem defendido a paz e o direito à vida", disse.
A primeira-dama, Janja Lula da Silva, recorreu às redes sociais nesta segunda-feira, 19, para defender as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com relação à atuação de Israel na Faixa de Gaza. No último domingo, o mandatário brasileiro comparou as ações das forças israelense em Gaza ao holocausto -- genocídio cometido por Hitler contra os judeus na Segunda Guerra.
Em uma postagem na rede social X, antigo Twitter, Janja defendeu Lula e disse ter "orgulho" do marido.
"Orgulho do meu marido, que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas. Tenho certeza que se o Presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus", escreveu. "A fala se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu. Sejamos honestos nas análises".
Nesta segunda-feira, 19, o presidente se reuniu com seu assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, e outros membros do governo para debater uma "saída" para a crise diplomática. Também nesta segunda, o governo israelense declarou que Lula é uma "persona non grata".
O instrumento jurídico é empregado para indicar que um representante oficial estrangeiro não mantém mais o status diplomático ou consular, tampouco as imunidades e privilégios correspondentes. Na prática, o anúncio israelense impede que Lula seja recebido em visitas oficiais ao país. No entanto, a medida não autoriza sua expulsão ou remoção compulsória caso o presidente viaje ao país de férias, por exemplo.
O Governo israelense ainda decidiu realizar uma reunião com o embaixador do Brasil em Israel no museu do Holocausto, em Jerusalém. Normalmente, o encontro aconteceria no Ministério das Relações Exteriores. A mudança no protocolo é vista como ato simbólico após as declarações de Lula.