O governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL) vetou um projeto de lei que concede porte de arma a vigilantes da iniciativa privada. A proposta, aprovada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) no dia 3 de outubro, reconhecia a atividade como "de risco", o que justificaria a autorização para porte de arma de fogo dentro e fora do horário de trabalho.
O veto, que foi publicado em uma versão extra do Diário Oficial de Santa Catarina na última quinta-feira, 9, acolheu os pareceres da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e das Polícias Civil e Militar de Santa Catarina. Mello fundamentou o veto dizendo que a proposta é "inconstitucional e contrária ao interesse público".
A iniciativa vai na contramão de outras medidas adotadas pelo governo de Mello, que é um aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, a sua gestão encampou uma lista de livros que deveriam ser retirados de escolas públicas do Estado. A ordem para que os livros sejam "armazenados em local não acessível à comunidade escolar" inclui best-sellers, obras futuristas e que tratam de amor e sexo.
O governo de Santa Catarina negou que estivesse praticando censura e afirmou que as obras foram apenas removidas dos anos iniciais para serem redirecionadas a turmas de ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental.