O anúncio de aposentadoria antecipada do ministro Joaquim Barbosa pode movimentar as campanhas dos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), segundo o jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, a saída de Barbosa do STF vai provocar sondagens por parte dos partidos, na expectativa de conquistar apoio do presidente do STF, que é considerado estratégico junto ao eleitorado.
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A possibilidade de o ministro dizer não às propostas pede uma estratégia cuidadosa para as abordagens. Segundo o jornal, amigos próximos dizem que Barbosa irá avaliar se irá ou não dar apoio público a algum dos candidatos.
Na última pesquisa Datafolha, Barbosa apareceu com 14% das intenções de voto. Após o anúncio, porém, ele não deu indicações públicas de que pretenda seguir um rumo político.
Ontem, em visita a Franca, no interior de São Paulo, Campos reafirmou o convite, feito há meses, para que Barbosa se filie ao PSB. "Qual partido não gostaria de ter Barbosa em seus quadros?", disse. Aécio Neves também teceu elogios ao ministro."É um homem que o Brasil aprendeu a respeitar. Pode-se gostar ou não dele, mas é um homem íntegro, honrado e que faz muito bem à Justiça brasileira."
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, ganhou destaque no País desde 2012, ao atuar como relator do processo do mensalão do PT
Foto: Nelson Jr. / SCO / STF
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Ele representa um marco histórico como primeiro presidente negro da corte, mas também é conhecido pelo temperamento forte, o que fez com que se envolvesse em polêmicas com políticos, jornalistas e bate-bocas com colegas do tribunal
Foto: SCO / STF
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Mineiro de Paracatu, Joaquim Barbosa chegou ao Supremo em 2003, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: SCO / STF
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Por ironia do destino, sua cadeira na Corte foi negociada pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de poderosos em Brasília, inclusive do publicitário Duda Mendonça, réu no processo do mensalão. Kakay levou o nome de Barbosa a ninguém menos que José Dirceu, a quem o ministro condenou por corrupção ativa pelo envolvimento no esquema de compra de apoio político durante o primeiro mandato do governo Lula
Foto: Carlos Humberto / STF
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Barbosa é o primogênito de oito filhos de um pai pedreiro e uma mãe dona de casa
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom
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Aos 16 anos foi para Brasília, arranjou emprego na gráfica de um jornal e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público
Foto: José Cruz
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Obteve o bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, fez mestrado em Direito do Estado
Foto: Wilson Dias
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Prestou concurso público e foi aprovado para o cargo de procurador da República, durante a gestão do ex-ministro Sepúlveda Pertence como procurador-geral da República
Foto: AFP
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Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado em Direito Público pela Universidade de Paris-II em 1990 e seu doutorado em Direito Público pela mesma universidade em 1993
Foto: Gabriela Biló
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Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Foto: José Cruz
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É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol
Foto: Nelson Jr. / SCO / STF
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Joaquim Barbosa toca piano e violino desde os 16 anos de idade, mas não pode mais exercer sua grande paixão, o futebol, por causa de uma sacroileíte, uma inflamação na base da coluna que o obriga a revezar cadeiras no plenário para suportar as dores
Foto: Nelson Jr. / SCO / STF
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O ministro passa a maior parte das sessões em pé e movimentando-se ou recostado sobre à cadeira