Jornal: após Lava Jato, PT corta gastos para não quebrar

O uso de passagens aéreas por dirigentes foi limitado, a verba de telefonemas reduzida e o aluguel de espaços para eventos otimizado

4 abr 2015 - 21h36
(atualizado às 21h39)
Após prestar depoimento, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixa a sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo
Após prestar depoimento, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixa a sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo
Foto: Renato Ribeiro Silva / Futura Press

O Partido dos Trabalhadores está se vendo obrigado a cortar gastos após sofrer uma brutal queda de arrecadação provocada pela redução das doações privadas desde que o tesoureiro da sigla, João Vaccari Neto, se tornou um dos alvos da investigação da Operação Lava Jato. A informação é do jornal Estado de S. Paulo.

Segundo a publicação, o uso de passagens aéreas por dirigentes foi limitado, o aluguel de espaços para eventos foi otimizado e funcionários foram demitidos de diretórios regionais. Também houve redução nas verbas com táxi, combustível, alimentação, serviços técnicos de terceiros, advogados e gráficas.

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Depois de ter a verba de telefonemas reduzida de R$ 500 para R$ 100, alguns integrantes da Executiva Nacional da sigla optaram por trocar de celular e optar por operadoras mais baratas. 

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De acordo com apuração do Estadão, a executiva petista ou pagou suas próprias passagens, ou usou pontos acumulados em programas de fidelidade para adquirir os bilhetes e participar de reunião com o ex-presidente Lula e presidentes estaduais, na última segunda-feira, 30.

No aniversário de 35 anos do partido, celebrado em fevereiro deste ano em Belo Horizonte, dirigentes de outros Estados que participaram de um seminário de formação política tiveram que arcar com as próprias despesas. Alguns deles se hospedaram em casas de colega, outros fizeram vaquinha para pagar o combustível.

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Ajustes também têm sido feitos nos diretórios estaduais do partido. Pelo menos 30 funcionários dos escritórios estaduais foram demitidos desde o início do ano, sendo os do Rio Grande do Sul e de São Paulo os mais afetados. Eles perderam apoio nacional e tiveram repasses do fundo partidário suspensos por erros de contabilidade.

De acordo com o Estadão, R$ 35 milhões dos R$ 92,5 milhões repassados aos estados e municípios pela direção nacional do partido são frutos de doações privadas, e conforme prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral relativa a 2013, R$ 79,7 milhões dos R$ 170 milhões recebidos pela sigla partiram de contribuições feitas por pessoas jurídicas.

Fonte: Terra
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