O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, determinou na sexta-feira que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, se apresente no dia 2 de dezembro à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção na estatal.
Costa foi preso na Operação Lava Jato acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina na Petrobras. Ele cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro e firmou um acordo de delação premiada.
Em sua decisão, Moro determina que a Polícia Federal tome as providências necessárias para realizar a escolta de Costa até o Congresso Nacional e pede para que seja “evitado” o uso de algemas, visto que Costa não é “acusado de crimes praticados com violência ou grave ameaça”.
Por fim, o magistrado afirma que a Costa deve ser garantido o direito ao silêncio.
Na última terça, a CPI mista da Petrobras aprovou a realização de uma acareação entre Costa e Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras e que foi considerado responsável pela presidente Dilma Rousseff de fazer um relatório falho que levou à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos - o negócio custou mais de US$ 1 bilhão.
Além disso, os parlamentares deverão questionar Costa sobre os depoimentos de empresários presos na sétima fase da Lava Jato, que admitiram à PF que pagaram propina após serem ameaçados por ele e pelo doleiro Alberto Youssef.