Juiz determina que Paulo Roberto Costa vá à CPI da Petrobras

Depoimento está marcado para o dia 2 de dezembro; Costa cumpre prisão domiciliar no Rio, e juiz pede que ele não seja algemado

22 nov 2014 - 14h57
(atualizado às 15h19)
<p>Em sua primeira participação na CPI da Petrobras, Costa manteve o silêncio</p>
Em sua primeira participação na CPI da Petrobras, Costa manteve o silêncio
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, determinou na sexta-feira que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, se apresente no dia 2 de dezembro à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção na estatal.

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Costa foi preso na Operação Lava Jato acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina na Petrobras. Ele cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro e firmou um acordo de delação premiada.

Em sua decisão, Moro determina que a Polícia Federal tome as providências necessárias para realizar a escolta de Costa até o Congresso Nacional e pede para que seja “evitado” o uso de algemas, visto que Costa não é “acusado de crimes praticados com violência ou grave ameaça”.

Por fim, o magistrado afirma que a Costa deve ser garantido o direito ao silêncio.

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Na última terça, a CPI mista da Petrobras aprovou a realização de uma acareação entre Costa e Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras e que foi considerado responsável pela presidente Dilma Rousseff de fazer um relatório falho que levou à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos - o negócio custou mais de US$ 1 bilhão.

Além disso, os parlamentares deverão questionar Costa sobre os depoimentos de empresários presos na sétima fase da Lava Jato, que admitiram à PF que pagaram propina após serem ameaçados por ele e pelo doleiro Alberto Youssef.

Fonte: Terra
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