Juiz nega transferência de ex-diretor da Petrobras e doleiro

8 mai 2014 - 19h03

O juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, rejeitou pedido para transferir o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Ambos foram presos na Operação Lava Jato, deflagrada no mês passado, pela Polícia Federal.

De acordo com decisão do juiz, o ex-diretor e o doleiro devem permanecer na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Para o magistrado, a permanência na PF é medida de segurança, sendo que os acusados ficaram conhecidos devido à operação e não podem ficar com presos comuns.

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Apesar de reconhecer as suspeitas envolvendo os presos, o juiz também entendeu que a transferência poderia atrapalhar o andamento do processo, sendo que o juizado deveria ser deslocado para Catanduvas.

Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef respondem a dois inquéritos na Justiça Federal do Paraná. No primeiro, Paulo Roberto Costa é acusado por desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco. O ex-diretor também é acusado de obstruir as investigações da operação. Conforme a investigação, os desvios tiveram a participação de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento, e de Youssef, dono de empresas de fachada.

Deflagrada no dia 17 de março, a Operação Lava Jato desarticulou uma organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis Estados e no Distrito Federal. De acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões.

Segundo a polícia, o grupo investigado, "além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil", é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas, além de desvio de recursos públicos.

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A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro.

Agência Brasil
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