O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou, após o fim da sessão do Supremo nesta quinta-feira, que as críticas do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, ao colega Ricardo Lewandowski são ruins para a credibilidade da instituição. Ironizando uma das falas de Barbosa durante a sessão de hoje, Marco Aurélio disse que o ministro deve estar arrependido de acusar Lewandowski de fazer “chicana” (gíria jurídica para criação de dificuldades em processos).
“É ruim em termos de credibilidade da instituição. É ruim em termos de entendimento que deve haver no colegiado. Nós não podemos deixar que a discussão descambe para o campo pessoal”, disse Marco Aurélio.
As críticas exaltadas de Barbosa iniciaram no momento em que Ricardo Lewandowski, revisor da ação penal do mensalão, debatia a pena aplicada ao ex-deputado Carlos Roberto Rodrigues Pinto, o Bispo Rodrigues, por corrupção passiva. Lewandowski questionava se o réu não deveria responder à legislação antiga sobre o crime - a pena para o crime foi endurecida em uma lei sancionada em novembro de 2003.
A defesa de Bispo Rodrigues alega que o réu recebeu recursos antes da nova lei, e portanto deveria ter sua pena alterada. Barbosa e outros ministros - Gilmar Mendes, Celso de Mello e Luiz Fux - afirmavam que o ex-deputado recebeu dinheiro em dezembro de 2003 e, com base em uma súmula do Supremo, deveria ser condenado pela lei mais gravosa. “Não é para arrependimentos, ministro”, disse Barbosa, lembrando que a votação que resultou na condenação de Rodrigues foi unânime. “Nós estamos com pressa de quê?", rebateu Lewandowski. “Para fazer o nosso trabalho e não chicana”, respondeu Barbosa.
Para Marco Aurélio, a discussão levantada por Lewandowski é importante e disse que Barbosa se excedeu. “Eu acho que houve um arroubo de retórica e acho que, a essa altura, o presidente deve estar arrependido”, disse.
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O ministro ressaltou que debates como esses devem ser abertos quando se encontram possíveis vícios. "O importante é saber a denúncia, porque o acusado se defende dos fatos constantes na denúncia. Ele participou da negociação em 2002 ou apenas recebeu o numerário (dinheiro) sem participar da negociação em 2003? Se ele apenas recebeu o numerário em 2003, sem participar da discussão em 2002, se aplica a lei (do fim) de 2003, a nova”, explicou.
Marco Aurélio foi o único a defender que Ricardo Lewandowski continuasse a atuar como revisor na fase dos embargos. Nesta fase, o relator Joaquim Barbosa lê o voto e passa a palavra ao ministro mais novo da corte, Roberto Barroso. Na fase anterior, realizada no segundo semestre de 2012, Lewandowski se manifestava logo após Barbosa.
“Ele pode e deve (levantar essas dúvidas). Para mim o processo teria seguido a ele. Mas não seguiu, ele não está atuando como revisor. Mas ele está mergulhando fundo, muito mais que nós”, disse.
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14 de agosto - Ministros Marco Aurélio Mello (esq.) e Ricardo Lewandowski (dir.) participam do primeiro dia de julgamento dos recursos do mensalão
Foto: José Cruz
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14 de agosto - Ministro Luiz Fux se prepara antes de julgamento no STF
Foto: José Cruz
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14 de agosto - Novato no STF, ministro Roberto Barroso (dir.) participou pela primeira vez de uma sessão do julgamento do mensalão
Foto: José Cruz
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14 de agosto - Presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa abre oficialmente a sessão do julgamento
Foto: José Cruz
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14 de agosto - STF iniciou nesta quarta-feira segunda fase do julgamento do mensalão
Foto: José Cruz
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15 de agosto - Os embargos de declaração do ex-deputado federal Romeu Queiroz, condenado a seis anos e seis meses de prisão, também foram rejeitados pelos ministros hoje
Foto: Nelson Jr./STF
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15 de agosto - O STF rejeitou também embargos de declaração movidos pela defesa da ex-diretora financeira da agência de publicidade SMP&B Simone Vasconcelos
Foto: Nelson Jr./STF
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15 de agosto - Todos os recursos de declaração apresentados pela defesa de Roberto Jefferson foram rejeitados por unanimidade
Foto: Nelson Jr./STF
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15 de agosto - O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quinta-feira recurso da defesa do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, que pedia a redução da pena imposta ao delator do mensalão
Foto: Nelson Jr./STF
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15 de agosto - O relator do processo e presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, desconstruiu a tese da delação ao afirmar que Roberto Jefferson se viu obrigado a denunciar o esquema após a divulgação de um vídeo protagonizado por um ex-diretor dos Correios
Foto: Nelson Jr./STF
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21 de agosto - O presidente do STF, Joaquim Barbosa, negou intenção de cercear trabalho de colegas na primeira sessão após protagonizar bate-boca com Ricardo Lewandowski
Foto: Valter Campanato
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21 de agosto - Ao lado de Dias Toffoli (dir.), Lewandowski agradeceu o apoio de colegas e deu o episódio por encerrado
Foto: Valter Campanato
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21 de agosto - Ministro Ricardo Lewandowski comentou nesta quarta-feira a discussão que teve com Joaquim Barbosa, quando o presidente do STF o acusou de fazer "chicana" no julgamento
Foto: Valter Campanato
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22 de agosto - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, durante julgamento dos recursos dos condenados no processo do mensalão
Foto: Valter Campanato
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28 de agosto - O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira o julgamento do recursos do processo do mensalão
Foto: Valter Campanato
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28 de agosto - Esta é a quinta sessão exclusiva de análise dos embargos de declaração, recursos usados para corrigir omissões ou contradições no acórdão, o texto final do julgamento
Foto: Valter Campanato
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28 de agosto - Na foto, os ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski
Foto: Valter Campanato
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29 de agosto - Ministro Dias Toffoli durante sessão que julga embargos do processo do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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29 de agosto - Ministro Gilmar Mendes durante sessão que julga embargos do processo do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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29 de agosto - Ministro Celso de Mello durante sessão que julga embargos do processo do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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29 de agosto - Ministro Marco Aurélio durante sessão que julga embargos do processo do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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29 de agosto - Ministro Ricardo Lewandowski durante sessão que julga embargos do processo do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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29 de agosto - Ministro Joaquim Barbosa preside sessão do STF que julga embargos do processo do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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4 de setembro - Ministros do STF durante sétima sessão exclusiva para julgamento dos embargos de declaração, recursos usados para corrigir omissões ou contradições no acórdão (o texto final), dos condenados no processo do mensalão
Foto: José Cruz
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4 de setembro - Na foto, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Tofolli, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso
Foto: José Cruz
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4 de setembro - Ministra Cármen Lúcia e ministro Luiz Fux durante análise dos recursos do processo do mensalão
Foto: José Cruz
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4 de setembro - Ministros Ricardo Lewandowsky e Joaquim Barbosa durante análise dos recursos do processo do mensalão
Foto: José Cruz
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4 de setembro - Ministro Luís Roberto Barroso durante análise dos recursos do processo do mensalão
Foto: José Cruz
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5 de setembro - Ministros do STF no julgamento de embargos de declaração apresentados pelas defesas dos condenados no processo do mensalão
Foto: Carlos Humberto/SCO/STF
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5 de setembro - Ministros do STF no julgamento de embargos de declaração apresentados pelas defesas dos condenados no processo do mensalão
Foto: Carlos Humberto/SCO/STF
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11 de setembro - Público acompanha votação referente aos embargos infringentes no processo do mensalão
Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF
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11 de setembro - Mais novo ministro do STF, Roberto Barroso foi o primeiro a divergir de Joaquim Barbosa e aceitar o julgamento dos embargos infringentes
Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF
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11 de setembro - STF retoma análise de recursos que, se aceitos, podem determinar a reabertura do julgamento do mensalão
Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF
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12 de setembro - Ministros do Supremo avaliam a aceitação de embargos infringentes no processo do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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12 de setembro - Ministro Gilmar Mendes vota contra a aceitação dos embargos infringentes em ações penais originárias de competência do STF
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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12 de setembro - Ministro Marco Aurélio concede entrevista no intervalo da sessão que analisa cabimento de embargos infringentes no processo do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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12 de setembro - Presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, em sessão de análise sobre embargos infringentes no processo do mensalãi
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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18 de setembro - No dia da decisão sobre embargos infringentes no processo do mensalão, segurança foi reforçada no prédio do STF
Foto: Marcello Casal Jr.
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18 de setembro - STF dispensa servidores e reforça segurança por causa de protesto
Foto: Marcello Casal Jr.
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18 de setembro - Faixas foram colocadas em frente ao prédio do STF nesta quarta-feira
Foto: Gustavo Gantois
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18 de setembro - Manifestantes fizeram barulho e protestaram pedindo a condenação dos réus do processo do mensalão
Foto: Gustavo Gantois
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18 de setembro - No dia da decisão sobre admissibilidade de embargos infringentes, homem protesta em frente ao Supremo
Foto: Gustavo Gantois
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18 de setembro - Estudantes e advogados fazem fila para sessão do STF desta quarta-feira
Foto: Gustavo Gantois
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18 de setembro - Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello antes da sessão que define se a Corte aceitará ou não os embargos infringentes
Foto: José Cruz
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18 de setembro - Celso de Mello antes de proferir seu voto, que desempata a votação de 5 a 5 pelo cabimento dos embargos infringentes
Foto: José Cruz
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18 de setembro - Celso de Mello pregou que todo réu tenha o "direito a um julgamento justo, imparcial, impessoal, isento e independente"
Foto: José Cruz
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13 de novembro - Presidente do STF, Joaquim Barbosa, abre nova sessão do julgamento do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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13 de novembro - Ministro Ricardo Lewandowsky participa de sessão que pode definir prisão de réus do mensalão
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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13 de novembro - Ministra Cármen Lúcia apresenta voto durante análise de embargos declaratórios
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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13 de novembro - Sessão começou com voto do ministro Luís Barroso
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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14 de novembro - Sessão plenária presidida pelo ministro Ricardo Lewandowski
Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF
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14 de novembro - Vice-presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski fala com jornalistas após sessão plenária
Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
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14 de novembro - Ministros do STF entrando no plenário para início da sessão
Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF
O mensalão do PT Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
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No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson. Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e o irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas. A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão.
Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.
No dia 17 de dezembro de 2012, após mais de quatro meses de trabalho, os ministros do STF encerraram o julgamento do mensalão. Dos 37 réus, 25 foram condenados, entre eles Marcos Valério (40 anos e 2 meses), José Dirceu (10 anos e 10 meses), José Genoino (6 anos e 11 meses) e Delúbio Soares (8 anos e 11 meses). A Suprema Corte ainda precisa publicar o acórdão do processo e julgar os recursos que devem ser impetrados pelas defesas dos réus. Só depois de transitado em julgado os condenados devem ser presos.