Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram nesta quarta-feira, por unanimidade, o recurso apresentado pelo deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP). Condenado a sete anos e dez meses de prisão, além de multa de R$ 1,08 milhão, por corrupção passiva e lavagem, Costa Neto pediu que o STF o absolvesse dos dois crimes.
“O embargante reitera todas as alegações feitas nos primeiros embargos, que já foram plenamente rechaçados por esta Corte durante sua análise. Por isso, não conheço dos embargos e reconheço o caráter meramente protelatório do recurso”, disse o ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão e presidente do STF.
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Valdemar Costa Neto argumentou mais uma vez que recebeu dinheiro do PT para saldar uma dívida de campanha, e não para vender o apoio da bancada do PL (atual PR) para o governo Lula. No embargo de declaração analisado nesta quarta-feira, a defesa questionou haver uma contradição entre as condenações dele e a absolvição do publicitário Duda Mendonça, sendo que ambos foram apontados como “credores" do PT. O argumento foi rejeitado pelos ministros.
O deputado era presidente da legenda à época do mensalão e teria recebido dinheiro do valerioduto por meio de saques no Banco Rural e da empresa Guaranhuns, do doleiro Lúcio Bolonha Funaro. Segundo o STF, usou sua influência no partido para que a bancada votasse junto com o governo. Esse dinheiro também serviu para atrair parlamentares de outras legendas
