A Justiça de Brasília concedeu autorização para a soltura do hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como "hacker da Vaza Jato". Ele foi preso pela Polícia Federal após invadir contas no Telegram e divulgar mensagens de procuradores da extinta força-tarefa da Operação Lava Jato em 2019.
A decisão de soltura de Walter Delgatti Neto inclui algumas condições, como o uso de tornozeleira eletrônica, a obrigação de apresentar relatórios mensais sobre suas atividades na internet, além de notificar a polícia caso deixe São Paulo, onde estabelecerá sua residência. De acordo com o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, o "restabelecimento da liberdade provisória" e a "autorização para acesso à rede mundial de computadores" dá cumprimento ao contido na Constituição, ou seja, o direito ao trabalho.
Após sua prisão em 2019, na Operação Spoofing, que investiga a invasão de contas de Telegram de autoridades, Delgatti recebeu autorização para responder em liberdade, também sujeito a algumas condições. Uma delas era a proibição de utilizar a internet de qualquer forma, incluindo aplicativos de mensagens.
Preso novamente
No final de junho, Delgatti foi novamente detido depois de ser descoberto cuidando do site e das redes sociais da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ele realizava compras online e usava um e-mail como chave Pix para receber doações.
Além disso, ele não foi encontrado nos endereços que havia informado à Justiça, violando a condição de não se mudar sem autorização.