Justiça condena Boulos após ele postar vídeo em que acusa Nunes de corrupção

Decisão determina remoção de postagens em que ele acusa a gestão de Nunes de envolvimento em corrupção na compra de fraldas geriátricas

5 nov 2024 - 17h50
(atualizado às 18h06)
Guilherme Boulos
Guilherme Boulos
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

A Justiça de São Paulo condenou Guilherme Boulos, ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, a remover postagens em que ele acusa a gestão de Ricardo Nunes (PMDB) de envolvimento em corrupção na compra de fraldas geriátricas. As informações são do colunista Rogério Gentile, do UOL. 

“Tudo o que o prefeito de São Paulo toca vira superfaturamento. Acho uma indecência alguém fazer esquema de corrupção com fralda geriátrica”, disse Boulos em vídeo postado no mês de março deste ano.

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Depois da publicação, Boulos foi alvo de um processo movido pela Certame Comercial, empresa fornecedora das fraldas. No processo, a empresa alega que as acusações são infundadas e que a postagem causou danos à sua reputação.

Boulos, que ainda pode recorrer da sentença, declarou à Justiça que apenas mencionou fatos reais, com base em uma reportagem do Intercept Brasil, publicada em 5 de setembro de 2023.

No processo, ele negou qualquer conduta ilegal e contestou a alegação de que suas declarações teriam causado danos à imagem da empresa Certame Comercial.

A sentença destacou que o inquérito havia sido arquivado pelo Ministério Público em novembro de 2023, indicando que, em março deste ano, quando Boulos publicou o vídeo, já era de conhecimento que as investigações haviam concluído pela legalidade da compra. A decisão foi divulgada em 31 de outubro.

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A Justiça ordenou a remoção da publicação da internet, sob pena de multa, mas negou o pedido de indenização por danos morais de R$ 15 mil solicitado pela empresa.

Na sentença, o tribunal destacou que a empresa não apresentou evidências de que tenha enfrentado constrangimentos com clientes, prejuízos nas vendas ou danos à sua credibilidade. Boulos foi condenado a pagar apenas os honorários advocatícios da empresa, no valor de R$ 1.500.

Ao Terra, o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o processo está sob segredo de Justiça, portanto, não há informações disponíveis. A reportagem também entrou em contato com a assessoria de Boulos, mas não obteve nenhum retorno.

Fonte: Redação Terra
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