A Justiça determinou o bloqueio de R$ 282,5 milhões da construtora OAS no âmbito da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, informou nesta sexta-feira o Ministério Público Federal, autor do pedido de bloqueio.
De acordo com o MPF, com esta decisão, o total de recursos bloqueados de empresas na Justiça no contexto da Lava Jato já se aproxima de R$ 1 bilhão, somando R$ 980,5 milhões.
Siga o Terra Notícias no Twitter
O MP já conseguiu que a Justiça bloqueasse recursos da Engevix e da Jackson Empreendimentos (R$ 153,9 milhões), da Galvão Engenharia (R$ 302,6 milhões) e da Camargo Corrêa e Sanko Sider (R$ 241,5 milhões).
"Em todos os casos, os montantes correspondem a 1% do total dos contratos firmados entre as empresas e a estatal no período investigado, além de multa civil de três vezes o valor do acréscimo patrimonial indevido", disse o MPF em nota.
"Os réus das ações civis públicas de improbidade têm até 15 dias para apresentarem em juízo bens livres e desimpedidos passíveis de constrição judicial."
Na véspera, procuradores que atuam na força-tarefa da Lava Jato anunciaram as primeiras denúncias contra membros do núcleo político do esquema, que envolveu empreiteiras, funcionários da Petrobras, operadores, políticos e partidos.
Na ocasião, os procuradores fizeram um balanço da Lava Jato até aqui e afirmaram que o MPF já pediu à Justiça o equivalente a R$ 6,7 bilhões em reparações e que R$ 2,5 bilhões já foram devolvidos ou bloqueados.
Além disso, os procuradores estimaram em R$ 6,2 bilhões o montante de propinas pagas no esquema.