Lava Jato: político que disse estar "cagando" pede desculpas

João Leão afirma que tais considerações foram "feitas num momento de profunda indignação e surpresa"

8 mar 2015 - 18h54
"Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos", disse o político
"Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos", disse o político
Foto: Facebook / Reprodução

"Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos". Essa foi a polêmica frase proferida pelo vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão (PP), ao descobrir que seu nome estava na lista de políticos que serão investigados por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Depois da repercussão da declaração, o político decidiu pedir desculpas à sociedade, neste domingo (08). 

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Em seu perfil no Facebook, João Leão afirma que tais considerações foram "feitas num momento de profunda indignação e surpresa" e, por isso, ele pede desculpas. 

 

"Não há, da minha parte, nenhuma intenção de ofender o Ministério Público, o Poder Judiciário, ou quaisquer outras instituições essenciais na manutenção do estado democrático de direito, nem pessoas", diz o vice-governador. 

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A frase que foi amplamente divulgada nas redes sociais foi divulgada no último sábado (07), pelo jornal Folha de S.Paulo. Ainda no sábado, João chegou a publicar em seu perfil oficial no Facebook uma nota sobre a investigação, dizendo que "acredita em Deus e na Justiça". Obviamente, isso não foi o suficiente para que o público esquecesse da expressão "cagando e andando".

A procuradoria-geral da República afirma que João e outros políticos recebiam uma espécie de "mensalão" da Petrobras, com pagamentos mensais a partir de propinas cobradas de contratos com a estatal. Cinco partidos estariam envolvidos no esquema: PP (32), PMDB (7), PT (7), PSBD (1) e PTB (1).

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Confira a íntegra da nota divulgada pela Folha de S.Paulo:

"Estou tão surpreso quanto tantos outros,não sei porque meu nome saiu. Nem conhecia esse povo. Acredito que pode ter sido por ter recebido recursos em 2010 das empresas que estão envolvidas na operação. Mas, botar meu nome numa zorra dessas? Não entendo. O que pode ser feito é esperar ser citado e me defender. Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos. Sou um cara sério, bato no meu peito e não tenho culpa. Segunda-feira vou para Brasília saber porque estou envolvido [...] Recebi recursos da OAS [em 2010] mas quem recebeu recursos legais, na conta legal, tem culpa?"

Fonte: Terra
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