O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, deve depor nesta sexta-feira na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso com mais 12 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato. A previsão é que o depoimento comece às 14h.
De acordo com depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Baiano seria o operador do PMDB no esquema de corrupção na estatal. O partido nega, e um dos advogados do lobista, Mario de Oliveira Filho, afirma que seu cliente foi escolhido como “bode expiatório”.
“Eles estão procurando um bode expiatório. Aponta o Fernando Baiano como operador do PMDB. Se há algum operador, se há, esse operador não se chama Fernando Soares”, disse Oliveira Filho na quarta-feira.
Dinheiro bloqueado
A pedido da Justiça Federal, o Banco Central (BC) bloqueou ontem mais de R$ 47 milhões das contas bancárias de 16 investigados na Lava Jato, além de três empresas suspeitas. Das contas pessoas de Fernando Baiano foram bloqueados R$ 8,8 mil. A suspeita, porém, é que o lobista seja proprietário de duas empresas que tiveram dinheiro bloqueado pela Justiça: Hawk Eyes Administração de Bens (R$ 6,5 milhões) e Technis (R$ 2 milhões).
O advogado confirmou que Baiano fez negócios com a Petrobras, mas disse que tudo foi feito dentro da lei. Questionado sobre a atividade do cliente, Oliveira Filho disse que Baiano é um empresário que faz “intermediação de negócios”.