Após 3h, termina depoimento de Joesley na PGR em Brasília

7 set 2017 - 19h05
Joesley Batista prestou depoimento em Brasília nesta quarta-feira (7)
Joesley Batista prestou depoimento em Brasília nesta quarta-feira (7)
Foto: Agência Brasil

Já terminou na Procuradoria-Geral da República, em Brasília, o depoimento do executivo do grupo J&F, Joesley Batista. Neste momento, está sendo ouvido Ricardo Saud, outro executivo da rolding. Os dois chegaram por volta das 10h ao aeroporto internacional de Brasília, em um jatinho particular para prestar depoimento. A responsável por ouvi-los é a subprocuradora Cláudia Sampaio.

O advogado da empresa, Francisco de Assis, que também é delator, foi o primeiro chegar e o primeiro a depor. De acordo com a assessoria da J&F, nenhum deles falará com a imprensa.

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Os três delatores foram convocados para esclarecer o teor das conversas gravadas em um novo áudio entregue à PGR na última semana.

Nos diálogos, os executivos citam políticos, ex-ministros e até ministros do Supremo Tribunal Federal. Eles também chegam a afirmar que o ex-procurador Marcelo Miller, que participou do acordo de delação, atuou para beneficiar os executivos.

A suspeita da PGR é a de que Miller tenha atuado como agente duplo. O depoimento do ex- procurador está marcado para  amanhã (8).

Após receber os áudios, o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, determinou investigação para apurar as suspeitas e anunciou que iria rever o acordo de delação premiada assinado com os executivos.

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Uma das possibilidades é que, após ouvir os executivos, Janot suspenda os benefícios da delação premiada. Entre os principais benefícios é que eles não seriam indiciados criminalmente pelos crimes relatados. Janot pode pedir também a prisão dos delatores se entender que eles mentiram na delação. Em coletiva de imprensa na última segunda-feira, Janot afirmou que, mesmo cancelado o acordo, as provas obtidas têm validade.

Tese rebatida pelo advogado do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz. A decisão final da validade das provas deve ficar com o Supremo Tribunal Federal.

Agência Brasil
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