Serra ou Padilha podem substituir Jucá no Planejamento

23 mai 2016 - 18h47
Nome de José Serra ganha força para substituir Jucá devido ao conhecimento técnico e boa circulação no Congresso
Nome de José Serra ganha força para substituir Jucá devido ao conhecimento técnico e boa circulação no Congresso
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / O Financista

Após o ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), decidir se licenciar do cargo a partir de terça-feira (24), o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), aparece forte no páreo para assumir o posto.

Além de Serra, o secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Moreira Franco, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ambos do PMDB, também estariam cotados para substituir Jucá.

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“Moreira Franco é um bom nome, mas não tem boa circulação no Congresso. Padilha está muito confortável na Casa Civil e não estaria interessado em sair da pasta. O cargo, então, deve cair no colo de Serra, que gosta da atual ocupação, mas sabe que teria mais destaque no Planejamento, além de ter uma excelente circulação nas duas Casas”, disse fonte próxima ao presidente interino.

O conhecimento técnico do tucano e a boa circulação no Congresso fazem com que a possível indicação de Serra para o Planejamento ganhe força.

A decisão de afastamento de Jucá ocorre poucas horas após a divulgação da gravação de uma conversa entre o peemedebista e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. No diálogo, gravado em março, ele teria sugerido um pacto para conter a Operação Lava Jato.

Jucá sinalizou que permanecerá afastado da função enquanto o Ministério Público averigua se as acusações contra ele têm fundamento. Rumores apontam que ele não deve voltar ao time econômico do governo do presidente em exercício Michel Temer.

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À francesa

Após pedido do Palácio do Planalto, que queria evitar uma saída constrangedora de Jucá, o peemedebista decidiu pedir licença.

“A saída dele é essencial para manter credibilidade do governo Temer. Permanência representaria desgaste, mas saída tem que ser discreta para não respingar em ninguém”, avaliou fonte próxima a Temer.

“Era preciso que ele saísse para enfraquecer a estratégia do PT de que o impeachment tinha como objetivo abafar a Lava Jato", afirmou aliado.

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