Bretas condena Cabral e mais 4 por propinas de R$ 18 milhões

Dinheiro foi pago em espécie em troca de contratos para a pavimentação da RJ 230 e de estradas no norte fluminense

13 jan 2021 - 18h42
(atualizado às 19h36)

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou o ex-governador Sérgio Cabral a mais 11 anos e 3 meses de prisão por corrupção passiva no processo aberto a partir das investigações da Operação C'est Fini, desdobramento da Lava Jato fluminense.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, é visto no IML de Curitiba, no final da tarde deste sábado (10), onde passou por exame de corpo delito
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, é visto no IML de Curitiba, no final da tarde deste sábado (10), onde passou por exame de corpo delito
Foto: Rodrigo Félix/AGÊNCIA DE NOTÍCIAS GAZETA DO POVO / Estadão Conteúdo

A decisão incluiu ainda o ex-secretário de Governo, Wilson Carlos (14 anos e 2 meses de prisão), o ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio (DER-RJ), Henrique Ribeiro (20 anos, 9 meses e 25 dias de prisão), o chefe de gabinete dele, Lineu Martins (16 anos, 6 meses e 25 dias de prisão) e o suposto operador financeiro do grupo, Luiz Carlos Bezerra (7 anos e 9 meses de prisão).

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De acordo com a denúncia da Lava Jato, os agentes públicos receberam R$ 18,1 milhões em propina para beneficiar a empreiteira União Norte Fluminense Engenharia em obras de rodovias estaduais administradas pelo DER-RJ.

Segundo a força-tarefa, o dinheiro foi pago em espécie em troca de contratos para a pavimentação da RJ 230 e de estradas no norte fluminense, para a conservação do município de São Fidélis e para obras da RJ 220 e RJ 186.

A empresa fechou acordo de leniência com a força-tarefa e admitiu o esquema, que teria funcionado durante os dois mandatos de Cabral.

Nos termos da sentença, os condenados que estão soltos poderão recorrer em liberdade.

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Preso desde novembro de 2016, Sérgio Cabral acumula 17 sentenças que somam mais de 332 anos de cadeia.

Com a palavra, o advogado Márcio Delambert, que defende Sérgio Cabral

"A sentença reconheceu a condição do ex-governador como colaborador da justiça, mas a defesa vai recorrer pois não concorda com as penas aplicadas."

Com a palavra, as demais defesas

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com as defesas, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

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