Cunha pede inclusão de Mantega e Paes como testemunhas

12 nov 2016 - 16h37
(atualizado às 16h40)
Brasília -  A  inclusão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega,  e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes  seria a dificuldade de localização das testemunhas inicialmente arroladas, o ex-gerente da Petrobrás  Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos, e o ex-deputado e presidente da Câmara  João Paulo Cunha. 
Brasília - A inclusão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes seria a dificuldade de localização das testemunhas inicialmente arroladas, o ex-gerente da Petrobrás Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos, e o ex-deputado e presidente da Câmara João Paulo Cunha.
Foto: Agência Brasil

A Justiça Federal do Paraná recebeu dos advogados do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedido para mudar duas testemunhas de defesa na ação penal da Operação Lava Jato. A petição foi protocolada na noite dessa sexta-feira (11). 

Os advogados solicitam a inclusão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo da Costa Paes. O motivo seria a dificuldade de localização das testemunhas inicialmente arroladas, o ex-gerente da Petrobras, Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos, e o ex-deputado e presidente da Câmara, João Paulo Cunha.

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As primeiras audiências de testemunhas de defesa de Eduardo Cunha estão marcadas para ocorrer nos dias 23 e 24 de novembro, quando serão ouvidos, entre outras testemunhas, o pecuarista José Carlos da Costa Marques Bumlai, o ex-senador Delcídio do Amaral Gomez, o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cunat Cerveró e o lobista Hamylton Padilha. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve prestar depoimento no próximo dia 30. As testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério Público Federal  são o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e o auditor da estatal Rafael de Castro Silva. 

Prisão

Cunha está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 19 de outubro. Segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal, "há evidências" de que existem contas pertencentes a Cunha no exterior que ainda não foram identificadas, fato que, segundo os procuradores, coloca em risco as investigações. Além disso, os procuradores ressaltaram que Cunha tem dupla nacionalidade (brasileira e italiana) e poderia fugir do País.

A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.

O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas, após a cassação do mandato de Cunha, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque o ex-parlamentar perdeu o foro privilegiado.

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Agência Brasil
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