O ex-senador e ex-chanceler do governo Michel Temer, Aloysio Nunes Ferreira(PSDB), terá uma reunião nessa terça-feira, 19, com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para definir seu futuro na administração tucana, onde ocupa atualmente o cargo de presidente da Investe São Paulo (Agência Paulista de Promoção de Investimento e Competitividade).
A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato, e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Aloysio, entre eles o apartamento onde ex-chanceler mora, em Higienópolis.
Doria só vai se manifestar depois da reunião, mas auxiliares e aliados do governador acreditam que ele deve aplicar a mesma solução do caso Gilberto Kassab, que pediu licença do cargo para se defender de acusações de corrupção no caso JBS.
A avaliação reservada no entorno de Doria e na cúpula do PSDB é que as acusações são graves.
A Força Tarefa da Lava Jato recebeu documentos da Suíça mostrando que um cartão de crédito vinculado a uma conta de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa na gestão José Serra (PSDB), foi enviado para Aloysio Nunes em um hotel na Espanha em 2007, quando o ex-chanceler era chefe da Casa Civil do governo Paulista.
Até agora o PSDB não divulgou nenhum comunicado ou nota de apoio a Aloysio, que também não recebeu a solidariedade de aliados nas redes sociais.
Os tucanos paulistas querem evitar que o caso de Paulo Vieira volte para o Palácio dos Bandeirantes e contamine o governo.