A promotoria federal argentina irá investigar as denúncias de que o ex-ministro de Planejamento durante o mandato de Cristina Kirchner, Julio de Vido, estaria envolvido no caso de corrupção dentro da Petrobras que ficou conhecido como "Petrolão".
Desta forma, o procurador federal Gerardo Pollicita pediu a Justiça argentina que exija ao Brasil as evidências que supostamente o ligam ao caso. Recentemente, a deputada Elisa Carrió o acusou de ter pagado propinas para a compra da Transener, ligada à Petrobras, pela Electroingeniería.
Cerveró teria explicado, em depoimento, que a empresa estava sendo negociada por US$ 54 milhões com um fundo norte-americano.
Ainda de acordo com ela, o ex-diretor da área internacional da empresa condenado a 12 anos de prisão, e o empresário Fernando Baiano, também investigado na operação Lava Jato, teriam citado o nome do ex-ministro.
Eles teriam dito que De Vido chegou a pagar US$ 300 mil em 2007. A aliada do presidente Mauricio Macri também denunciou a participação de Roberto Dromi, um ex-ministro de Carlos Menem (1989-1999), no caso.
Segundo o jornal local "La Nacion", De Vido negou a denúncia e disse que seus encontros com Cerveró foram apenas institucionais. "Evitamos a integração monopolista e o abuso de poder dominante na Petrobras", concluiu.