Grupo criminoso comprou voto em eleição olímpica por U$ 2 mi

5 set 2017 - 11h16
(atualizado às 11h43)

A organização criminosa liderada pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que está preso, comprou o voto do então presidente da Federação Internacional de Atletismo, Lamine Diack, por 2 milhões de dólares na eleição que escolheu o Rio como sede dos Jogos de 2016, disseram procuradores do Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

De acordo com o MPF, o grupo criminoso liderado por Cabral tinha enorme interesse na realização dos Jogos Olímpicos no Rio de olho nas obras que seriam realizadas na cidade por ocasião do evento.

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Os procuradores disseram ainda, em comunicado, que o presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, foi o "agente responsável" por viabilizar repasse de propinas do grupo de Cabral a membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI) para compra de votos na eleição de 2009.

Nuzman foi alvo de mandado de busca em sua residência no Rio na manhã desta terça-feira e recebeu uma intimação para prestar depoimento à Polícia Federal.

Segundo o MPF, diversas obras anunciadas como legado da Olimpíada de 2016 renderam milhões em pagamento de propina a Cabral e demais membros de organização criminosa no governo do RJ.

Legado olímpico no Brasil está longe de ser uma realidade
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