O Ministério Público Federal em São Paulo pediu nesta segunda-feira a abertura de 12 inquéritos policiais para investigar fatos relatados por delatores da Odebrecht na Lava Jato, informou MPF nesta segunda-feira em nota.
As suspeitas vão de pagamento de propina em obras no Estado e a caixa 2 nas campanhas de 2010, 2012 e 2014, principalmente do PT e do PSDB.
As informações dos depoimentos dos delatores da empreiteira foram encaminhadas por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, à primeira instância, pois entre os investigados não há pessoas com foro privilegiado junto ao Supremo.
Entre as investigações, que englobam doações feitas nas campanhas eleitorais estão pagamentos que teriam sido feitos às campanhas do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) à prefeitura paulistana, do ex-ministro Alexandre Padilha (PT) ao governo do Estado e de políticos tucanos, como o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Anibal, e o ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo Barros Munhoz.
"A suspeita é de que o dinheiro tenha sido repassado pela Odebrecht às candidaturas sem declaração à Justiça Eleitoral. Há também informações sobre o pagamento de vantagens indevidas a integrantes de Prefeituras paulistas e do Governo do Estado para o favorecimento da empresa em concessões e obras públicas, como as da Linha-2 do Metrô e da Rodovia Carvalho Pinto", disse o MPF-SP em comunicado.
De acordo com a nota, também são alvos de investigação doações feitas a candidatos para a Presidência da República.
O Ministério Público Federal em São Paulo também pediu autorização à Procuradoria-Geral da República para formar uma força-tarefa para investigar esses casos.
"A constituição do grupo possibilitará que os membros atuem de maneira mais integrada e colaborativa, agilizando o andamento dos trabalhos", afirmou a nota.
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