O ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), afirmou em coletiva nesta segunda-feira (23) que sempre apoiou com atos a Operação Lava Jato, que considera a investigação uma mudança positiva para a política brasileira e que nunca tentou interferir no processo das investigações. "O Brasil avança e muda de paradigma com a Operação Lava Jato".
A entrevista ocorreu no dia em que uma reportagem da Folha de S. Paulo reproduziu a gravação de uma conversa entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No diálogo, gravado em março, o peemedebista teria sugerido um pacto para conter a Operação Lava Jato.
O peemedebista voltou a dizer que "não há nenhum demérito em ser investigado; o demérito é ser condenado". O ministro pontuou que não tem nada a temer em relação à Lava Jato ou qualquer outra investigação. "Não devo nada a ninguém."
Jucá afirma ainda na conversa com Machado que uma mudança no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Lava Jato. Tanto Jucá quanto Machado são investigados.
O ministro confirmou encontro com presidente em exercício Michel Temer (PMDB) na manhã desta segunda-feira e reforçou que ambos defendem a punição de todos os envolvidos com escãndalos de corrupção.
