PF nega rumores de desmanche de força-tarefa da Lava Jato

4 jul 2016 - 13h14
O Delegado da Polícia Federal, Igor Romário de Paula participa de coletiva de imprensa sobre a 31ª fase da Operação Lava Jato, intitulada “Abismo”, na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR), na manhã desta segunda-feira (4)
O Delegado da Polícia Federal, Igor Romário de Paula participa de coletiva de imprensa sobre a 31ª fase da Operação Lava Jato, intitulada “Abismo”, na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR), na manhã desta segunda-feira (4)
Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press

O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, coordenador da Lava Jato, negou nesta segunda-feira (4) que a força-tarefa da operação esteja passando por um processo de desmonte, rumor que passou a circular após a dispensa, na semana passada, de dois delegados envolvidos com as investigações.

No início de uma coletiva de imprensa sobre a 31ª fase da Lava Jato, em Curitiba, Romário de Paula leu uma nota na qual disse não ser "verídica" a versão de que a força-tarefa "passa por um desmanche". "Em momento algum sofremos qualquer tipo de pressão interna ou externa em função da substituição desse ou dequele delegado", diz a nota.

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O coordenador da Lava Jato afirmou que a substituição dos delegados Eduardo Mauat, feita a pedido, e Duílio Mocelin são "opções estratégicas da coordenação, com apoio irrestrito da equipe de investigação, administração regional e direção-geral da Polícia Federal".

Também foi confirmada a saída temporária do delegado Luciano Flores, que participará dos trabalhos em torno dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Para preencher as vagas, foram chamados os delegados Rodrigo Sanfurgo, ex-chefe da Delegacia de Crimes Financeiros em São Paulo; Luciano Menin, ex-intregrante da força-tarefa que retorna à equipe, e Roberto Biasoli, egresso do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério da Justiça.

"A operação Lava Jato não sofrerá qualquer prejuízo em seus trabalhos investigativos e operacionais", acrescentou Romário de Paula.

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Rede contra corrupção

Destacando a realização de cinco operações ligadas à Lava Jato em sete dias, autorizadas por cinco juízes de cinco diferentes estados, o procurador da República Roberson Pozzobom defendeu a formação de uma rede mais coesa de combate à corrupção, envolvendo diferentes órgãos do Judiciário e do Executivo.

"Não há como confrontar o crime organizado de maneira desorganizada. Precisamos que outros órgãos de execução penal e que toda a sociedade forme uma grande rede de combate à corrupção. Essa rede deve ter uma malha próxima o suficiente para captar mesmo os pequenos casos de corrupção, e forte o bastante para que não se consiga corrompê-la", disse o procurador durante coletiva sobre a 31ª fase da Lava Jato, em Curitiba.

Agência Brasil
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