O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liberdade aos ex-deputados André Vargas e Luiz Argôlo, presos na Operação Lava Jato. A decisão foi tomada ontem (3) pela Quinta Turma do Tribunal por unanimidade.
Para o relator, ministro Ribeiro Dantas, a prisão cautelar de André Vargas é necessária para garantir a ordem pública. Vargas foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 14 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, na negociação de contratos de publicidade com o governo. O esquema foi descoberto durante as investigações da Operação Lava Jato.
Já Argôlo foi condenado, em novembro, também pelo juiz Moro a 11 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-parlamentar foi acusado de receber R$ 1.474.442 de propina do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato.
Além dos ex-deputados, o empresário Carlos Habib Chater, preso na Lava Jato, também teve o pedido de liberdade negado pela Quinta Turma do STJ. Segundo o tribunal, Chater é um dos doleiros que integravam um esquema de lavagem de dinheiro.
A defesa dos três ainda pode entrar com recurso da decisão no STJ.
Ontem, os ministros da turma analisaram também o pedido de liberdade do presidente da empreiteira Odebrecht , Marcelo Odebrecht, e do executivo da empresa, Márcio Faria. O ministro relator Ribeiro Dantas decidiu substituir a prisão preventiva dos dois executivos por medidas alternativas como o uso de tornozeleira eletrônica, prisão domiciliar, afastamento de atividades empresarias, além da retenção do passaporte. No entanto, os ministros Felix Fischer e Jorge Mussi pediram vista do processo e, por isso, ambos continuarão presos preventivamente