O presidente Michel Temer garantiu na tarde deste sábado que o substituto do ministro Teori Zavascki, morto em um desastre aéreo na última semana, apenas será indicado após a escolha do novo relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. A afirmativa foi dada em pronunciamento à imprensa durante o velório de Zavascki, em Porto Alegre. A partir da declaração do presidente, cai por terra a especulação de que o novo ministro poderia assumir a relatoria do caso, revertendo a responsabilidade à ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo.
Temer chegou por volta das 13h ao Tribunal Regional Federal de Porto Alegre acompanhado dos ministros Alexandre de Moraes, José Serra e Osmar Terra, além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Todos prestaram condolências aos familiares junto ao salão onde o corpo é velado. Temer reforçou em sua fala que a perda do jurista é triste "não só para o governo, mas para toda a classe jurídica".
O presidente ainda classificadou o ministro como "um homem de bem, com competência moral, profissional e pessoal". O ministro José Serra também se pronunciou, classificando o falecimento de Teori como "uma peça que o destino prega". O senador gaúcho Lasier Martins, além de lamentar a morte do magistrado, ressaltou o papel do Senado na aprovação do nome que será indicado pelo presidente à vaga em aberto para o STF.
O velório segue fechado à imprensa e restrito a um pequeno número de fotógrafos. O sepultamento, marcado para as 18h no cemitério Jardim da Paz, será restrito a familiares e autoridades.