"Valeu cada minuto de labuta e até de sofrimento", diz Janot

16 set 2017 - 12h44
(atualizado às 12h45)
Rodrigo Janot
Rodrigo Janot
Foto: Agência Brasil

Depois de quatro anos, o procurador Rodrigo Janot cumpriu na sexta-feira (15) seu último dia útil de trabalho no comando do Ministério Público Federal (MPF). A partir de segunda-feira (15), a Procuradoria-Geral da República (PGR) será comandada por Raquel Dodge. No principal compromisso do dia, Janot reuniu a equipe para apresentar o balanço de sua gestão e disse que a esperança triunfa no Ministério Público. "Juntos vivemos e escrevemos um capítulo muito especial na história do país e do Ministério Público. A esperança ainda triunfa nesta casa. Valeu a pena para mim cada minuto de labuta, e até de sofrimento", disse Janot aos colaboradores do gabinete e a servidores da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Durante o encontro, o procurador ganhou um arco e uma flecha de origem indígena, da tribo Xokó, como presente de aniversário. Janot completou 61 anos nesta sexta-feira. "Enquanto houver bambu, lá vai flecha", disse Janot recentemente, em uma palestra, fazendo referência ao processo de investigação da JBS.

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Balanço

De acordo com dados referentes ao segundo período de Janot na Procuradoria, que comandou de 2013 a 2017, na área criminal, que envolve a Operação Lava Jato, foram feitos 242 pedidos de abertura de inquérito, 98 pedidos de busca e apreensão, de interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário e 66 denúncias foram enviadas à Justiça.

A procuradora Raquel Dodge
Foto: Agência Brasil

Na segunda-feira (18), Janot será substituído na chefia da PGR por Raquel Dodge, indicada para o cargo pelo presidente Michel Temer. Raquel foi a segunda mais votada em eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da República, que deu origem à lista tríplice enviada ao presidente para subsidiar sua escolha. Em julho, ela foi aprovada pelo plenário do Senado por 74 votos a 1 e uma abstenção.

Mestre em direito pela Universidade de Harvard e integrante do Ministério Público Federal há 30 anos, Raquel Dodge é subprocuradora-geral da República e atuou em matéria criminal no Superior Tribunal de Justiça.

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