Lei eleitoral é motivo de Bolsonaro não discursar em ato, diz organizador

Presidente foi a ato que pede 'destituição' de ministros do STF em Brasília

1 mai 2022 - 13h23
(atualizado às 13h41)
Bolsonaro vai a ato que pede 'destituição' de ministros do STF em Brasília
Bolsonaro vai a ato que pede 'destituição' de ministros do STF em Brasília
Foto: CartaCapital

O youtuber e empresário João Salas, um dos organizadores do ato bolsonarista deste domingo, 1, em Brasília, disse que o presidente Jair Bolsonaro não discursou em trio elétrico por conta de proibições da lei eleitoral. O chefe do Executivo fez uma rápida passagem na Esplanada dos Ministérios, onde os apoiadores se concentraram, mas saiu sem falar.

Depois do anúncio de que ele não discursaria, a multidão começou a dispersar. "A gente não pode prejudicar o nosso presidente", justificou Salas, ao dizer que a candidatura de Bolsonaro à reeleição poderia ser impugnada caso ele discursasse.

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O presidente chegou por volta de 11h30 e fez uma caminhada, cumprimentando apoiadores. Ficou cerca de dez minutos no local e retornou ao Palácio da Alvorada, onde mora, com o comboio de carros oficiais.

Aliados de Bolsonaro o aconselharam a não participar dos atos para evitar uma escalada do conflito com o Supremo. A avaliação é de que o chefe do Executivo teve ganhos políticos ao confrontar o Supremo no caso Silveira e agora é preciso baixar a temperatura da crise.

O ato bolsonarista deste domingo em Brasília, tem faixas com pedidos de destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de críticas à esquerda, ao ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O mote do ato é a defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo Supremo por ataques à democracia, mas recebeu perdão presidencial. O parlamentar, contudo, está participando de manifestações no Rio de Janeiro e deve ir a São Paulo, de acordo com aliados.

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Apoiadores de Bolsonaro circularam pela manifestação, em frente ao Congresso Nacional, enrolados em bandeiras do Brasil e com camisetas com frases como "Meu partido é o Brasil", "Deus, Pátria e Liberdade" e "Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos". Nos carros de som, manifestantes pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. "Fora, Xandão", gritaram. Uma das faixas que foram colocadas no local pede "criminalização do comunismo e destituição dos ministros (do STF).

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, os deputados Sanderson (PL-RS), Bia Kicis (PL-DF) e o suplente de deputado Patrick Dorneles (PSD-PB), além do ex-secretário de Cultura Mario Frias, subiram no trio elétrico e discursaram.

Em vídeo de sua passagem no ato divulgado em suas redes sociais, Bolsonaro parabeniza os participantes pelo que chama de "manifestação pacífica" em defesa da "Constituição, democracia e liberdade". "Parabéns ao povo de Brasília e de todo o Brasil que hoje estarão (sic) às ruas. Estamos juntos, o Brasil é nosso", completou.

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