O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), minimizou as consequências da demissão de Gustavo Bebianno, agora ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para a articulação do governo com o Legislativo.
"Institucionalmente, a Secretaria-Geral não tem a atribuição de articulação política. Mas não vai ser modificada [a relação com o Congresso]. O governo vai dar uma reajustada e vai prosseguir. Não vai afetar a articulação", afirmou.
Bebianno era tido por diversos parlamentares como um dos principais elos de comunicação do Congresso com o Palácio do Planalto e era, até hoje, o único interlocutor do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) com a cúpula do governo.
Ele foi exonerado na segunda-feira, 18, após ter se envolvido em uma polêmica com o filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). O ex-ministro foi substituído pelo general da reserva Floriano Peixoto.
Para Vitor Hugo, o imbróglio da saída de Bebianno não impactará no convencimento da base aliada sobre a necessidade de se aprovar a reforma da Previdência. "Já existe uma consciência grande sobre a importância da reforma. Já há maturidade no País de que ela é importante", disse.