Líder do governo na Câmara diz que Lula não trabalha para satisfazer 'ganância' do mercado

José Guimarães (PT-CE) criticou agentes do mercado financeiro e criticou pesquisa que apontou reprovação de 90% para Lula no setor

8 dez 2024 - 17h45

BRASÍLIA - O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), voltou a fazer críticas aos agentes do mercado financeiro e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não trabalha para satisfazer a "ganância" do setor. Segundo o petista, o mercado não gosta do chefe do Executivo federal, mas o Brasil sim.

"O presidente Lula não trabalha para satisfazer a ganância do mercado. Trabalha em defesa das necessidades do povo brasileiro", escreveu Guimarães neste domingo, 8, em seu perfil no X, antigo Twitter.

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Na publicação, o líder citou a pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, 4, sobre o que pensa o mercado financeiro em relação ao governo Lula 3. De acordo com levantamento, a reprovação do presidente subiu de 64% para 90% desde a pesquisa anterior, feita em março. Voltou assim à marca do início do mandato, quando nove a cada dez profissionais de fundos de investimento também tinham uma avaliação negativa do governo.

"O governo anterior furou o teto de gastos em R$ 795 bilhões e não deixou o mercado de especulação 'com mau humor', nem o mercado fez pesquisa Quaest para ver se as pessoas mais ricas da sociedade gostavam ou não do Bolsonaro", comentou Guimarães.

"O mercado não gosta do presidente Lula. Não suporta o PIB beirando 3,5%; a taxa de desemprego em 6,2%; o menor nível de redução da pobreza da nossa história; a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil; o Brasil sendo o 2º país que mais recebe investimentos externos no mundo. Mas o Brasil gosta", finalizou a publicação.

Como mostrou o Broadcast/Estadão, o líder afirmou, durante reunião do diretório nacional do PT em Brasília que ocorreu no sábado, 7, que o pacote fiscal deve sofrer alterações em sua tramitação e disse que os trechos sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) será reformulado. Além disso, declarou que o dispositivo sobre o reajuste do salário mínimo também será revisto. Na sequência, Guimarães também reivindicou que os petistas defendam a ampliação da isenção do Imposto de Renda.

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