O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que a Polícia Federal (PF) tem cometido excessos em investigações.
O deputado do progressista também criticou o instrumento de delações premiadas de presos, como ocorreu com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Eu sempre condenei, ontem e hoje, a delação de réu preso. Todo mundo era contra a delação de réu preso lá atrás. Nós estamos tratando de delação de réu preso hoje de novo, feita pela Polícia Federal", criticou.
Sobre a delação de Cid, Lira preferiu não comentar: “Emitir juízo de valor sobre a questão de mérito, não vou fazer, não conheço o conteúdo da delação. Agora ponto pacífico é que delação de réu preso é impossível”, acrescentou.
Aliados de Lira na mira da PF
Aliados de Lira foram alvos da PF em junho deste ano, em investigação sobre suspeitas envolvendo kits de robótica.
O nome do presidente da Câmara apareceu no inquérito com a deflagração da operação, ocasião em que os policiais encontraram uma lista com pagamentos atribuídos a ele.
A PF enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), e, semanas depois, o ministro Gilmar Mendes mandou paralisar a apuração.