Lobão levou propina de R$ 10 milhões, diz delator

O pagamento teria sido realizado em 2011, quando a Camargo Corrêa foi contratada para participar da construção da usina de Belo Monte

7 mar 2015 - 08h51
Edison Lobão
Edison Lobão
Foto: Reuters

O senador e ex-Ministro de Minas e Energia Edison Lobão, que integra a lista de políticos investigados pelo STF na Operação Lava Jato, pediu e recebeu cerca de R$ 10 milhões de propina da empreiteira Camargo Corrêa, segundo depoimento de um dos executivos da empresa que passou a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato. As informações foram publicadas neste sábado pelo jornal Folha de S.Paulo.

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O pagamento teria sido realizado em 2011, quando a empresa foi contratada para participar da construção da usina de Belo Monte - Lobão era ministro na época. O nome do senador já havia sido citado em delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.

Youssef dizia na carceragem da PF em Curitiba que Lobão era o "chefe" do esquema de desvios na Petrobras, segundo a Folha. De acordo com a publicação, o executivo da Camargo, Dalton Avancini, fez o relato sobre a suposta propina paga a Lobão durante as negociações com procuradores para o acordo de delação. Ele também citou que houve trataiva sobre suborno na contratação da Camargo para fazer a usina atômica Angra 3.

O advogado do ex-ministro, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a delação não é prova e que a "palavra de delator tem credibilidade zero", afirma a publicação.

Fonte: Terra
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